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Barrichello volta
a usar equipe
em explicações
DO ENVIADO A MAGNY-COURS
Duas semanas após ter dito
que a Ferrari impediu sua vitória no Canadá, Rubens Barrichello voltou ontem a utilizar
questões internas da equipe como argumento para explicar a
sua corrida.
"É sempre bom estar no pódio. Hoje (ontem), comecei
bem o dia, mas tive de manter
um ritmo um pouco mais fraco
para deixar o Michael (Schumacher) abrir distância", disse.
"Isso, de certa forma, facilitou a
vida do (David) Coulthard, que
acabou me passando na saída
de uma curva."
Questionado pela Folha se a
decisão de segurar o ritmo havia partido dele ou de alguém
da equipe, o brasileiro se esquivou. "Isso é um assunto interno", afirmou.
Quanto à ultrapassagem de
Mika Hakkinen, que lhe tomou
a terceira posição na 26ª volta,
Barrichello errou ao atribuí-la
ao trabalho lento da Ferrari nos
boxes.
"O primeiro pit foi devagar",
declarou na entrevista coletiva
promovida após a corrida.
Segundo a cronometragem
da FIA (Federação Internacional de Automobilismo), no entanto, o pit stop de Barrichello
foi 0s670 mais veloz que o de
Hakkinen.
O brasileiro, na verdade, perdeu a terceira posição porque,
enquanto estava nos boxes,
Hakkinen completou uma volta em 1min20s377, um segundo
e meio melhor do que Barrichello fez quando o finlandês
parou.
O ferrarista teve problemas,
de fato, em seu segundo pit,
quando a equipe teve problemas ao trocar a roda dianteira
direita. A parada levou nove segundos a mais que a média e,
no retorno à pista, o piloto não
tinha mais possibilidades de
tentar disputar posições.
Sobre esse pit stop, porém,
ele evitou fazer críticas. "É uma
pena, mas não tenho porque
criticar o mecânico. Esses problemas podem acontecer a
qualquer um", completou.
Cautela
Cauteloso para falar sobre a
equipe, Barrichello disse que
não se preocupa com a aparente baixa resistência do F1-2000,
o carro ferrarista desta temporada.
Ontem, Schumacher experimentou a quarta quebra de um
carro da Ferrari neste ano.
"Pelo menos o pessoal pára
de falar que o problema hidráulico é só no meu carro",
disse o brasileiro.
Barrichello passará a semana
no Brasil e só deve embarcar
para a Europa nas vésperas do
GP da Áustria.
O pódio de ontem foi o quinto do brasileiro nesta temporada, o quarto nas últimas cinco
provas e o segundo consecutivo em Magny-Cours -no ano
passado, ele havia sido terceiro,
ao volante do carro da Stewart.
Menos eufórico do que em
1999 -até porque os pódios
eram muito mais raros naquela
época-, o ferrarista mais uma
vez não evitou o gesto que inventou em Aida, há seis anos.
Ontem, mais uma vez em sua
carreira, Barrichello executou
sua tal "sambadinha" no pódio.
(FSx)
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