São Paulo, segunda-feira, 03 de julho de 2000


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Barrichello volta a usar equipe em explicações

DO ENVIADO A MAGNY-COURS

Duas semanas após ter dito que a Ferrari impediu sua vitória no Canadá, Rubens Barrichello voltou ontem a utilizar questões internas da equipe como argumento para explicar a sua corrida.
"É sempre bom estar no pódio. Hoje (ontem), comecei bem o dia, mas tive de manter um ritmo um pouco mais fraco para deixar o Michael (Schumacher) abrir distância", disse. "Isso, de certa forma, facilitou a vida do (David) Coulthard, que acabou me passando na saída de uma curva."
Questionado pela Folha se a decisão de segurar o ritmo havia partido dele ou de alguém da equipe, o brasileiro se esquivou. "Isso é um assunto interno", afirmou.
Quanto à ultrapassagem de Mika Hakkinen, que lhe tomou a terceira posição na 26ª volta, Barrichello errou ao atribuí-la ao trabalho lento da Ferrari nos boxes.
"O primeiro pit foi devagar", declarou na entrevista coletiva promovida após a corrida.
Segundo a cronometragem da FIA (Federação Internacional de Automobilismo), no entanto, o pit stop de Barrichello foi 0s670 mais veloz que o de Hakkinen.
O brasileiro, na verdade, perdeu a terceira posição porque, enquanto estava nos boxes, Hakkinen completou uma volta em 1min20s377, um segundo e meio melhor do que Barrichello fez quando o finlandês parou.
O ferrarista teve problemas, de fato, em seu segundo pit, quando a equipe teve problemas ao trocar a roda dianteira direita. A parada levou nove segundos a mais que a média e, no retorno à pista, o piloto não tinha mais possibilidades de tentar disputar posições.
Sobre esse pit stop, porém, ele evitou fazer críticas. "É uma pena, mas não tenho porque criticar o mecânico. Esses problemas podem acontecer a qualquer um", completou.

Cautela
Cauteloso para falar sobre a equipe, Barrichello disse que não se preocupa com a aparente baixa resistência do F1-2000, o carro ferrarista desta temporada.
Ontem, Schumacher experimentou a quarta quebra de um carro da Ferrari neste ano.
"Pelo menos o pessoal pára de falar que o problema hidráulico é só no meu carro", disse o brasileiro.
Barrichello passará a semana no Brasil e só deve embarcar para a Europa nas vésperas do GP da Áustria.
O pódio de ontem foi o quinto do brasileiro nesta temporada, o quarto nas últimas cinco provas e o segundo consecutivo em Magny-Cours -no ano passado, ele havia sido terceiro, ao volante do carro da Stewart.
Menos eufórico do que em 1999 -até porque os pódios eram muito mais raros naquela época-, o ferrarista mais uma vez não evitou o gesto que inventou em Aida, há seis anos. Ontem, mais uma vez em sua carreira, Barrichello executou sua tal "sambadinha" no pódio. (FSx)


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