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FUTEBOL
Cuca decreta fim da ressaca pós-Libertadores contra a Ponte, equipe de melhor desempenho em jogos fora de casa
São Paulo reciclado pega estraga-prazeres
TONI ASSIS
DA REPORTAGEM LOCAL
Um divisor de águas.
É dessa maneira que o São Paulo espera marcar a sua trajetória
no Brasileiro a partir de hoje, contra a Ponte Preta, no Morumbi,
para dar fim ao trauma da eliminação da Taça Libertadores da
América e reiniciar a aproximação com a torcida nos estádios. A
partida começará às 16h.
"Acabou. Não tem mais que ficar lamentando a eliminação da
Libertadores. O time vem de três
derrotas seguidas, e chegou a hora
de reagir no campeonato. As derrotas para o Paysandu e para o
Palmeiras foram mais do que suficientes. Agora é ter calma e ambição para voltar a vencer", afirmou o técnico Cuca.
Mas o discurso confiante do
treinador são-paulino merece ser
analisado com cautela se for levado em conta o adversário a ser enfrentado. Vice-líder do Brasileiro,
com 20 pontos, a Ponte Preta tem
o melhor desempenho do torneio
quando atua fora de casa.
Nos cinco confrontos longe de
seus domínios, a Ponte contabilizou três vitórias, um empate e
uma derrota, com aproveitamento de 66,7%. O último revés na casa do inimigo aconteceu contra o
Palmeiras, quando foi derrotada
por 3 a 0, no dia 8 de maio.
Para piorar, o São Paulo está
longe de repetir o desempenho
apresentado nas cinco primeiras
rodadas do Brasileiro, quando
conquistou 13 dos 15 pontos disputados. O contraste aparece nas
seis últimas partidas da competição, quando a equipe somou apenas cinco pontos na tabela.
Mesmo com 18 pontos e com
chances reais de voltar a brigar
pela liderança em caso de vitória,
Cuca mandou um recado para os
jogadores que chegaram ao clube
e que ainda tentam cavar uma vaga entre os titulares.
"Está na hora de explodir. Agora não tem mais a desculpa da Libertadores. Tem que entrar e jogar", afirmou o treinador.
O meia Vélber, que ao lado de
Danilo terá a chance de iniciar o
jogo contra a Ponte, disse que todos no grupo estão atentos para
essa nova realidade. "Não encaro
como uma última chance, mas sei
que preciso aproveitar agora. O
momento é este", afirmou.
No ataque, com as ausências de
Luis Fabiano, que está com a seleção brasileira, e de Grafite, suspenso, Diego Tardelli e Jean também jogam para mostrar serviço
ao treinador e à torcida.
"Não dá para desprezar a chance, mas sem pressão. Mais importante do que marcar gols é a vitória do São Paulo", disse Tardelli.
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