São Paulo, sábado, 03 de julho de 2004

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FUTEBOL

Cuca decreta fim da ressaca pós-Libertadores contra a Ponte, equipe de melhor desempenho em jogos fora de casa

São Paulo reciclado pega estraga-prazeres

TONI ASSIS
DA REPORTAGEM LOCAL

Um divisor de águas.
É dessa maneira que o São Paulo espera marcar a sua trajetória no Brasileiro a partir de hoje, contra a Ponte Preta, no Morumbi, para dar fim ao trauma da eliminação da Taça Libertadores da América e reiniciar a aproximação com a torcida nos estádios. A partida começará às 16h.
"Acabou. Não tem mais que ficar lamentando a eliminação da Libertadores. O time vem de três derrotas seguidas, e chegou a hora de reagir no campeonato. As derrotas para o Paysandu e para o Palmeiras foram mais do que suficientes. Agora é ter calma e ambição para voltar a vencer", afirmou o técnico Cuca.
Mas o discurso confiante do treinador são-paulino merece ser analisado com cautela se for levado em conta o adversário a ser enfrentado. Vice-líder do Brasileiro, com 20 pontos, a Ponte Preta tem o melhor desempenho do torneio quando atua fora de casa.
Nos cinco confrontos longe de seus domínios, a Ponte contabilizou três vitórias, um empate e uma derrota, com aproveitamento de 66,7%. O último revés na casa do inimigo aconteceu contra o Palmeiras, quando foi derrotada por 3 a 0, no dia 8 de maio.
Para piorar, o São Paulo está longe de repetir o desempenho apresentado nas cinco primeiras rodadas do Brasileiro, quando conquistou 13 dos 15 pontos disputados. O contraste aparece nas seis últimas partidas da competição, quando a equipe somou apenas cinco pontos na tabela.
Mesmo com 18 pontos e com chances reais de voltar a brigar pela liderança em caso de vitória, Cuca mandou um recado para os jogadores que chegaram ao clube e que ainda tentam cavar uma vaga entre os titulares.
"Está na hora de explodir. Agora não tem mais a desculpa da Libertadores. Tem que entrar e jogar", afirmou o treinador.
O meia Vélber, que ao lado de Danilo terá a chance de iniciar o jogo contra a Ponte, disse que todos no grupo estão atentos para essa nova realidade. "Não encaro como uma última chance, mas sei que preciso aproveitar agora. O momento é este", afirmou.
No ataque, com as ausências de Luis Fabiano, que está com a seleção brasileira, e de Grafite, suspenso, Diego Tardelli e Jean também jogam para mostrar serviço ao treinador e à torcida.
"Não dá para desprezar a chance, mas sem pressão. Mais importante do que marcar gols é a vitória do São Paulo", disse Tardelli.


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