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Rogério comete 2 erros, e Ponte dispara no Nacional
DA REPORTAGEM LOCAL
Os reservas do São Paulo estavam desentrosados, mas foram os
erros do único titular em campo
que deram a vitória e a liderança
isolada do Nacional à Ponte Preta.
Com a derrota do segundo colocado, o Fluminense, para o Paraná, o aplicado time do técnico Oswaldo Alvarez abriu três pontos
de vantagem na ponta.
O gol que deu a vitória ao time
de Campinas por 1 a 0 no estádio
Moisés Lucarelli surgiu de uma
falha do goleiro Rogério, que se
enroscou com o zagueiro Flávio e
soltou a bola no pé de Evando,
que só tocou para as redes.
"Eu não vi o Flávio. Acabei batendo nele e joguei a bola para
trás. É uma pena, foi uma falha
nossa que não refletiu o que foi o
jogo e o empenho de nossa equipe", afirmou o camisa 1, ao fim do
primeiro tempo. Ele pediu para
não ser poupado do jogo, enquanto os titulares aguardam a
decisão da Taça Libertadores.
No segundo tempo, o goleiro teve a chance de empatar a partida
em um pênalti defendido pelo goleiro Lauro, aos 39min. E saiu de
campo sem dar declarações.
O revés, o quarto do time do
Morumbi no torneio, deixou o
São Paulo a 11 pontos da Ponte e
pode ter clareado na cabeça do
técnico Paulo Autuori a tendência
dos jovens atletas do clube, que
até então somavam uma vitória
contra o Botafogo (1 a 0) e uma
derrota para o Inter (3 a 1), ambas
no estádio do Morumbi.
A Ponte, por sua vez, que despontou no Brasileiro com o esquema de forte marcação, o 4-5-1,
usando contra-ataques, ontem
baseou seu jogo na ligação direta,
sem a chegada dos volantes.
As falhas são-paulinas e a pouca
criatividade ponte-pretana resultaram num jogo truncado, que,
apesar das novas regras da Fifa,
teve apenas três amarelos.
Na primeira etapa, até o gol, aos
34min, os dois times falharam
muito nas finalizações, especialmente com Evando, pela Ponte, e
Vélber, pelo São Paulo, que chutaram para fora as melhores chances de seus times. O atacante do
Morumbi ainda teve um gol de letra anulado, por ter recebido a bola em posição irregular.
O único reserva são-paulino
que se destacou foi o meia Marco
Antônio, autor das melhores jogadas e que por pouco não empatou o jogo numa cobrança de falta, em que o chute cruzado passou
rente à trave de Lauro.
O misto do São Paulo voltou ao
segundo tempo ainda mais perdido, mas a Ponte Preta não conseguia aproveitar efetivamente os
espaços do rival.
Aos poucos, a equipe de Vadão
descobriu que o atalho era o lado
direito, nas costas do lateral Hernanes, e Luciano Baiano realizava
as melhores descidas por ali.
A Ponte pressionava, mas a
grande chance de gol no segundo
tempo veio somente aos 34min,
quando Paulo Matos foi derrubado dentro da área por Everton.
A batida de Rogério foi à meia-altura, facilitando a defesa. Ainda
assim, o capitão são-paulino brilhou fazendo duas defesas aos
46min, impedindo que a Ponte
ampliasse sua vantagem.
Depois da derrota de ontem, o
São Paulo volta suas atenções para a primeira partida da final da
Libertadores contra Atlético-PR,
na quarta-feira. Pelo Nacional, o
próximo confronto são-paulino é
contra o Flamengo, em casa. A
Ponte irá encarar o São Caetano
no Anacleto Campanella.
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