São Paulo, domingo, 03 de julho de 2005

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Rogério comete 2 erros, e Ponte dispara no Nacional

DA REPORTAGEM LOCAL

Os reservas do São Paulo estavam desentrosados, mas foram os erros do único titular em campo que deram a vitória e a liderança isolada do Nacional à Ponte Preta.
Com a derrota do segundo colocado, o Fluminense, para o Paraná, o aplicado time do técnico Oswaldo Alvarez abriu três pontos de vantagem na ponta.
O gol que deu a vitória ao time de Campinas por 1 a 0 no estádio Moisés Lucarelli surgiu de uma falha do goleiro Rogério, que se enroscou com o zagueiro Flávio e soltou a bola no pé de Evando, que só tocou para as redes.
"Eu não vi o Flávio. Acabei batendo nele e joguei a bola para trás. É uma pena, foi uma falha nossa que não refletiu o que foi o jogo e o empenho de nossa equipe", afirmou o camisa 1, ao fim do primeiro tempo. Ele pediu para não ser poupado do jogo, enquanto os titulares aguardam a decisão da Taça Libertadores.
No segundo tempo, o goleiro teve a chance de empatar a partida em um pênalti defendido pelo goleiro Lauro, aos 39min. E saiu de campo sem dar declarações.
O revés, o quarto do time do Morumbi no torneio, deixou o São Paulo a 11 pontos da Ponte e pode ter clareado na cabeça do técnico Paulo Autuori a tendência dos jovens atletas do clube, que até então somavam uma vitória contra o Botafogo (1 a 0) e uma derrota para o Inter (3 a 1), ambas no estádio do Morumbi.
A Ponte, por sua vez, que despontou no Brasileiro com o esquema de forte marcação, o 4-5-1, usando contra-ataques, ontem baseou seu jogo na ligação direta, sem a chegada dos volantes.
As falhas são-paulinas e a pouca criatividade ponte-pretana resultaram num jogo truncado, que, apesar das novas regras da Fifa, teve apenas três amarelos.
Na primeira etapa, até o gol, aos 34min, os dois times falharam muito nas finalizações, especialmente com Evando, pela Ponte, e Vélber, pelo São Paulo, que chutaram para fora as melhores chances de seus times. O atacante do Morumbi ainda teve um gol de letra anulado, por ter recebido a bola em posição irregular.
O único reserva são-paulino que se destacou foi o meia Marco Antônio, autor das melhores jogadas e que por pouco não empatou o jogo numa cobrança de falta, em que o chute cruzado passou rente à trave de Lauro.
O misto do São Paulo voltou ao segundo tempo ainda mais perdido, mas a Ponte Preta não conseguia aproveitar efetivamente os espaços do rival.
Aos poucos, a equipe de Vadão descobriu que o atalho era o lado direito, nas costas do lateral Hernanes, e Luciano Baiano realizava as melhores descidas por ali.
A Ponte pressionava, mas a grande chance de gol no segundo tempo veio somente aos 34min, quando Paulo Matos foi derrubado dentro da área por Everton.
A batida de Rogério foi à meia-altura, facilitando a defesa. Ainda assim, o capitão são-paulino brilhou fazendo duas defesas aos 46min, impedindo que a Ponte ampliasse sua vantagem.
Depois da derrota de ontem, o São Paulo volta suas atenções para a primeira partida da final da Libertadores contra Atlético-PR, na quarta-feira. Pelo Nacional, o próximo confronto são-paulino é contra o Flamengo, em casa. A Ponte irá encarar o São Caetano no Anacleto Campanella.


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