DO ENVIADO A BARINAS

Considerado o boleiro da família presidencial, Adelis Chávez, 46, é o coordenador regional da Copa América em Barinas. Até assumir o cargo, era o único dos seis irmãos Chávez fora da vida pública -trabalhava num banco privado. Bem mais diplomático que o irmão, Adelis diz, nesta entrevista à Folha, que, quando era criança, o presidente se destacava no beisebol. (FM)

 

FOLHA - Existe algum temor com a vinda dos EUA a Barinas?
ADELIS CHÁVEZ - A grande maioria do povo barinês e do povo venezuelano vê a Copa América como um evento futebolístico, de união entre os povos. As diferenças estão entre o governo venezuelano e o governo americano. Os jogadores são do povo americano. Tenho certeza de que qualquer boa jogada de um americano será aplaudida. Noventa e cinco por cento das pessoas no estádio [para a partida de ontem] são de Barinas. Houve expectativa grande com a Copa América, com a renovação do estádio.

FOLHA - Por que não foi possível fazer um segundo jogo aqui?
CHÁVEZ - A Conmebol mudou o local pensando que um dos times pudesse ser o México ou o Brasil, e eles queriam um palco de maior capacidade para esse espetáculo. O jogo aqui poderia colapsar uma cidade do tamanho de Barinas, que ainda não tem o desenvolvimento que cubra uma demanda de 15 mil, 20 mil camas.

FOLHA - Como era o presidente Chávez no beisebol?
CHÁVEZ - Posso lhe dizer que o mais destacado foi o presidente. Todos nós agarramos o taco de beisebol, até hoje ainda jogamos softbol. Mas, desde criança, ele jogava muito bem beisebol. O primeiro home run [jogada máxima do beisebol] registrado aqui em Barinas foi dele. E ele ainda rebate, até hoje ele muito joga bem.


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