do enviado a Foz do Iguaçu

O México quer repetir contra o Brasil a marcação dura que anulou o ataque chileno, mas atletas e técnico negam que haverá retranca.
"Contra o Brasil, vamos sair para ganhar, pois apenas se defender seria um suicídio. Quem joga para empatar é sempre derrotado", afirmou o treinador mexicano, Manuel Lapuente.
Ele dirigiu ontem um treinamento tático secreto pela manhã e, à tarde, mostrou a seus comandados um videoteipe da partida entre Brasil e Venezuela.
As declarações dos jogadores indicam que as orientações de Lapuente foram compreendidas. "Temos de tirar dos brasileiros o que eles mais gostam: a bola", disse goleiro Jorge Campos.
Para isso, a equipe, que deve ser a mesma da vitória sobre o Chile, vai entrar com uma zaga de três integrantes. O mais elogiado por Lapuente é Rafael Márquez, 20.
"Frear o Brasil é algo que exige muita concentração, antecipação e firmeza na defesa", afirmou Márquez, que joga no Atlas.
Os mexicanos guardam muitas diferenças com a seleção brasileira. Um exemplo: eles são os únicos hóspedes de um clube de golfe em Foz do Iguaçu, enquanto o Brasil está num hotel da cidade misturado com turistas.
Enquanto a seleção de Luxemburgo faz práticas em estádio com venda de ingresso ao público, o México faz treinos secretos.
A equipe de Lapuente também é a única entre as que disputam a Copa América cujos 22 convocados atuam apenas em clubes do próprio país.
Outra diferença é que os mexicanos vão disputar como anfitriões a Copa das Confederações, logo após a Copa América, com a mesma equipe presente no Paraguai.
Já o Brasil viaja ao México com outro time. "Nossa prioridade é a Copa América só porque ela vem primeiro, mas queremos ganhar também a competição diante de nosso público", disse Lapuente, cuja diversão nos momentos de folga é dirigir um carrinho elétrico no campo de golfe.
O time atual tem 13 jogadores que disputaram a Copa do Mundo, em 1998, mas já se percebe uma renovação. "O melhor desse time é a motivação e a combinação atletas experientes com jovens valores", disse o atacante Hernández. (RB)


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