RODRIGO BUENO
DA REPORTAGEM LOCAL

Nunca foi tão fácil para um clube brasileiro ter Riquelme. Vários fatores contribuem para que ele jogue a Libertadores pelo Corinthians.
O contrato do meia com o Boca Juniors termina em junho de 2010. Depois, poderá negociar com quem quiser.
O clube argentino, que também não vive boa fase financeira (mas melhor que a maioria dos times de lá), espera negociá-lo no final do ano para ter algum lucro com um jogador que é, hoje, um grande problema no elenco.
Riquelme também tem interesses econômicos.
Se ficar no Boca na temporada 2009/2010, jogará praticamente de graça. Quando assinou contrato de três anos com o clube em 2007, ele aceitou não cobrar nada no terceiro ano de trabalho. Isso começa a valer já neste mês.
Seria ótimo para o Boca ter um craque sem custo agora, mas Riquelme rachou o elenco do time argentino.
Nos últimos meses, os atletas se dividiram entre o ""grupo do Palermo", a maioria, e o ""grupo do Riquelme".
O segundo grupo, além de pequeno, já perdeu Damián Díaz, que foi para a Universidad Católica, e Figueroa, devolvido ao Genoa. Ficaram o goleiro reserva Javier Garcia, que o Boca quer emprestar, e Ibarra, que estendeu contrato mas já pensa em parar.
Riquelme segue com o Boca em seu giro pela Europa, mas está praticamente isolado no grupo. Segue na equipe porque o técnico Alfio Basile gosta muito de seu futebol.
Porém a torcida já o critica pela lentidão e por estar jogando muito recuado, pouco acrescentando ao time.
Maradona, técnico da Argentina, também criticou o futebol de Riquelme, o que gerou conflito entre eles.
Outro fator que pode contribuir para a saída do meia é o risco de o Boca não jogar a Libertadores. Muito mal no Clausura, o clube precisa fazer grande campanha no Apertura para se classificar.
Nesta semana, a proposta do Grupo Sonda, que tem investido pesado no futebol, chegará ao clube argentino e ao jogador, que seria repassado ao Corinthians.


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