São Paulo, quarta-feira, 03 de agosto de 2011 |
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TOSTÃO Garotos-propaganda
Parece que o Santos convenceu Neymar a ficar no clube até a Copa de 2014. Argumenta que ele já ganha ou vai faturar quase tanto como na Europa, e que, se o Brasil for campeão, poderá ser eleito o melhor do mundo. Será que o governo interfere, de alguma forma, para Neymar ficar no Brasil até a Copa? Sua presença aumenta o entusiasmo com o futebol brasileiro e com o Mundial de 2014. Pelé, embaixador da Copa, e Neymar, juntos, são garotos-propaganda imbatíveis. Apesar de tantos jogos tumultuados e de alguns péssimos gramados, incompatíveis para ter um craque como Neymar, melhorou o nível do Brasileirão. Há mais jogadores de qualidade. Entre as inúmeras formações táticas, prefiro, em tese, por ser mais lógico, a com quatro defensores, três no meio-campo e três mais adiantados. Podem ser dois atacantes e um meia de ligação ou três na frente. No Flamengo, são três atacantes sem posições fixas. Ronaldinho tem jogado mais perto da área. No meio-campo, prefiro um volante mais marcador e dois armadores mais habilidosos, como Juninho Pernambucano e Felipe. Com Ricardo Gomes, Felipe aprendeu a se posicionar defensivamente. Contra o São Paulo, Juninho jogou um tempo, e Felipe, outro. Se os dois fossem mais jovens, teriam condições de atuar juntos, ao lado de um volante, em todas as partidas. Não me entusiasmo com o esquema da moda, com dois volantes, um meia de ligação, um atacante de cada lado e um centroavante. Os dois volantes costumam ficar sozinhos na marcação, e o centroavante, isolado. Alguns treinadores adotam esse esquema, mesmo com jogadores fora de suas características. No início de carreira, Juninho era meia ofensivo. No Lyon, passou a jogar como segundo volante. Nessa posição, além de marcar, é menos marcado, tem uma visão mais ampla do jogo e, quando chega à frente, finaliza de fora da área, no que é mestre. Juninho, Marcos Assunção e Cristiano Ronaldo são os craques mundiais da bola parada. Se Felipe tivesse atuado durante toda a carreira como joga no Vasco, e não de meia ofensivo, lateral ou ponta, teria tido mais sucesso. Antes, parava a bola e esperava o adversário para driblá-lo. Além do risco de perder a bola, dava tempo para a defesa se posicionar. Agora, Felipe dribla quando é necessário. A função do técnico não é apenas treinar, escalar e comandar um grupo. É também orientar e ensinar. Poucos sabem fazer isso bem. Texto Anterior: Cinco maiores torcidas do país dominam tabela Próximo Texto: Lanterna testa zaga do Corinthians Índice | Comunicar Erros |
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