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Dunga coloca o quarteto de Parreira em 2º plano
Após "esquecer" Adriano e Ronaldo, técnico desdenha de Ronaldinho e Kaká
Gaúcho prestigia time que
jogou contra a Noruega e
põe milanista na equipe
reserva em treino para jogo
de hoje contra a Argentina
MARCO AURÉLIO CANÔNICO
DE LONDRES
O treino da seleção brasileira
ontem à tarde, em Londres,
mostrou que a filosofia do técnico Dunga contra privilégios e
astros intocáveis está em ação.
Metade do quadrado mágico
de Carlos Alberto Parreira
(Adriano e Ronaldo) continua
sendo ignorada, e a outra, que
foi convocada pela primeira vez
-Ronaldinho e Kaká-, não deve ser titular ante a Argentina.
O time que iniciou o treino
para o amistoso foi o mesmo
que atuou na primeira partida
do técnico à frente da seleção,
no 1 a 1 contra a Noruega.
"Estamos mantendo a coerência. Temos que reconquistar a confiança do torcedor, e
cada atleta tem que reconquistar seu espaço, depois de tudo o
que aconteceu na Copa", disse
ele, que não levou Kaká e Ronaldinho para o jogo em Oslo.
Ronaldinho não participou
do coletivo de ontem por estar
contundido, mas Dunga, fiel à
tese dos "22 astros", já indicou
que ele não é indispensável.
Já Kaká começou o treino
entre os reservas. Só na metade
das atividades ele passou para o
time titular, no lugar de Daniel
Carvalho, o autor do gol brasileiro contra os escandinavos.
Na chegada da seleção ao estádio, o astro do Milan, geralmente solícito, passou sem falar com a imprensa brasileira,
mas parou em frente aos repórteres internacionais.
Questionado sobre como Kaká aceitou a reserva, Dunga enfatizou que "a seleção é a estrela". "Convocamos 22 jogadores,
e ele tem tanta chance de jogar
quanto os demais. Se alguém é
barrado e reage a isso, não está
respeitando os companheiros."
Dunga disse que, se jogarem,
Ronaldinho e Kaká terão posições mais próximas das que jogam nos clubes, ao contrário do
que ocorreu no time de Parreira, quando atuaram como
meias abertos nas laterais, com
responsabilidade de marcar.
"Conversamos sobre os problemas que tiveram na Copa
em termos de posicionamento
e estamos tentando aproximá-los de suas funções nos clubes",
disse ele, que comparou o jogo
de hoje com uma final de Copa.
Pelo lado argentino, que treinou com portões fechados, o
técnico Alfio Basile faz mistério
sobre a escalação. Mas a tendência é que Tevez e Messi sejam escalados no ataque. "É um
jogo especial", disse Messi.
Já Tevez atacou os cartolas
corintianos, culpando-os por
sua saída do clube. E disse que
no West Ham, seu novo clube,
conseguirá ter ritmo de jogo.
NA TV - Brasil x Argentina Globo, ao vivo, às 12h
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