São Paulo, domingo, 03 de setembro de 2006 |
Texto Anterior | Índice
entrevista Autor cita Jordan como "apolítico" DA REPORTAGEM LOCAL
Nascido no sul de Chicago, onde "negros e pardos
dominavam a paisagem",
William C. Rhoden diz que
aprendeu sobre segregação assistindo a esportes
na TV. "Negros torciam
para negros, judeus para
judeus, irlandeses para irlandeses. Era uma representação perfeita de lutas
que, depois, extravasavam
aquele ambiente", diz na
entrevista que concedeu
por telefone.0
(GR)
FOLHA - Quem é um exemplo da figura descrita em seu livro como "negro apolítico", atleta que brilha, ganha dinheiro, tenta se parecer com os dirigentes brancos e depois acaba longe do esporte? WILLIAM C. RHODEN - Há diversos casos, mas gosto de citar Michael Jordan. Ele foi um jogador fenomenal, que poderia ser o símbolo de um movimento realmente transformador, capaz de alterar a ordem de poder no basquete, onde brancos mandam e negros obedecem. Mas ele nada fez. E o que aconteceu? Quando se aposentou e tentou um cargo de dirigente no Washington Wizards, acabou demitido. FOLHA - Você acredita que
exista algum esportista em
atividade com esse "apelo
transformador"?
FOLHA - O governo do Brasil
deve votar em 2007 a implantação de um sistema de cotas
para negros nas universidades. Você acredita que isso pode ajudar ex-atletas negros a
se gabaritarem para funções
de gestores no esporte?
|
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |