São Paulo, domingo, 03 de outubro de 2004

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FUTEBOL

Artilheiro do time, Cicinho, ameaçado de ir para a reserva, marcou o gol

São Paulo bate Palmeiras e vence 1º clássico aos 47min

Fernando Donasci/Folha Imagem
O são-paulino Grafite e o palmeirense Baiano disputam bola na vitória do time do Morumbi, ontem


EDUARDO ARRUDA
PAULO GALDIERI

DA REPORTAGEM LOCAL

No minuto final, no último chute, de um quase renegado, o São Paulo venceu pela primeira vez um clássico estadual neste Brasileiro ao bater o Palmeiras, de virada, por 2 a 1, e coroou Cicinho, que quase foi para a reserva com a chegada do técnico Leão.
O gol dele, artilheiro do time com oito gols, premiou a equipe que tentou manter a "alegria ofensiva" obtida pelas duas em seus últimos jogos. Mesmo sem a eficiência da goleada por 7 a 0 sobre o Paysandu, o São Paulo sempre foi melhor em campo e o Palmeiras se limitou a defender.
No final, após marcar aos 47min do segundo tempo, os são-paulinos foram comemorar sobre o símbolo do clube como se tivessem conquistado um título. Cicinho, que deixou o primeiro tempo como vilão após cometer pênalti que originou o gol palmeirense, saiu do gramado festejado.
Deu o passe para o gol de empate de Nildo e fez o gol da vitória em seu único chute no jogo.
"Não havíamos vencido clássicos. E, felizmente, me redimi", disse, emocionado, o autor de cinco gols nos últimos quatro jogos.
O São Paulo, como ordenara Leão, foi a campo com uma distribuição tática semelhante à da partida contra o Paysandu.
Novamente o time apostou em um bloco ofensivo para auxiliar os atacantes Grafite, Danilo e Nildo, que revezavam constantemente o posicionamento.
Bem posicionados, os palmeirenses se defendiam bem e evitavam as conclusões do rival. Mas tinham dificuldade para se articular na frente. Isolados, Pedrinho e Osmar não recebiam a bola.
Nem a saída de César Sampaio após choque com Osmar -sofreu fratura no nariz e um corte na nuca após cabeçada-, ajudou.
Mesmo com o domínio da partida, os são-paulinos foram castigados. Marcinho chutou da entrada da área, a bola desviou na defesa e sobrou para Osmar, que foi puxado por Cicinho na área.
O próprio Osmar cobrou o pênalti, no canto direito de Rogério, aos 42min do primeiro tempo. Os são-paulinos reclamaram impedimento que não ocorreu.
O time do Morumbi conseguiu o empate também com um vacilo do rival. Logo no primeiro minuto da segunda etapa, Cicinho cruzou, Daniel furou na área, e a bola sobrou para Nildo, que chutou sem defesa para Sérgio: 1 a 1.
Com o time acuado, Estevam Soares colocou Diego Souza e Adãozinho nos lugares de Alceu e Elson. Não resolveu. Pedrinho e Osmar pouco participavam. O Palmeiras chutou oito bolas a gol, com um acerto apenas, de acordo com o Datafolha.
Enquanto isso, Grafite, Danilo, Lugano, perdiam gols -foram 16 finalizações, 10 certas. No final, o São Paulo foi premiado pela ofensividade. Mas precisou arrematar quatro vezes para vencer Sérgio. Diego Tardelli chutou, o goleiro defendeu, Grafite pegou o rebote, nova defesa de Sérgio, que rebateu em seguida outro chute de Tardelli. Na quarta tentativa, Cicinho chutou no canto direito para dar a vitória ao São Paulo.
O resultado deixou o São Paulo com 56 pontos. O Palmeiras, que foi ultrapassado pelo rival na classificação, tem 55.

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