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São Paulo, segunda-feira, 03 de novembro de 2003

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FUTEBOL

Luis Fabiano faz seu 27º gol no Nacional e leva equipe ao terceiro lugar

São Paulo supera Coritiba e despacha sina do Morumbi

MARÍLIA RUIZ
DA REPORTAGEM LOCAL

O São Paulo venceu o Coritiba e a sina de fracassar no Morumbi neste Brasileiro quando enfrenta rivais mais bem colocados ou adversários diretos na luta por uma vaga na próxima Libertadores.
Pela contagem mínima, o time de Roberto Rojas chegou aos 68 pontos, assumiu a terceira colocação e deixou para trás o Coritiba, que estava à frente na classificação antes da partida de ontem.
"Vitória magrinha, sofrida, difícil, mas mais uma vez o Luis Fabiano assegurou o resultado", declarou o goleiro Rogério.
Difícil, como disse o são-paulino, mais pela dura marcação dos visitantes -a equipe paranaense atuou em um 3-5-2- do que pelo poderio ofensivo exibido.
Rogério fez importantes defesas, mas apenas nos primeiros minutos do jogo -impediu gols certos de Edu Sales, aos 3min, e de Souza, aos 4min. Depois, ele assistiu ao jogo rodando os braços na fria noite paulistana (13C), dando instruções para os zagueiros e fazendo fáceis intervenções.
Fernando, goleiro do Coritiba, teve mais vezes a bola na sua área, mas, efetivamente, também pouco participou do jogo. Ele fez somente uma defesa nos primeiros 45 minutos do confronto.
Com o meio-campo preenchido por volantes, com seis zagueiros em campo (três de cada lado), os atacantes foram coadjuvantes. Foram 270 passes trocados (145 do São Paulo e 125 do Coritiba), 37 bolas perdidas (20 x 17), 31 faltas (15 x 16) e apenas nove finalizações -só duas delas certas (uma para cada lado).
Apagados, os atacantes Kléber e Luis Fabiano, do lado são-paulino, só revidaram os dois ataques que assustaram o goleiro Rogério no início do jogo depois dos 25min. E com pouco perigo.
Foi Fábio Simplício, que "herdou" do ausente Ricardinho o título de mais perseguido pela torcida, quem chegou perto de abrir o placar para os donos da casa com um chute de fora da área. A bola foi à esquerda de Fernando.
"Eles [jogadores do Coritiba] estão marcando até os nossos zagueiros. A melhor chance do jogo, até agora, foi deles. Vamos ver se a gente muda de esquema e volta com mais um no meio-campo", sugeriu Rogério, capitão do São Paulo, no intervalo.
Rojas decidiu não atendê-lo. Paulo Bonamigo também manteve o esquema defensivo.
Luis Fabiano, porém, saiu da mesmice. Acreditou em um lançamento de Lugano, disputou a bola com dois marcadores (Odvan e Danilo), saiu na cara do gol e, com chute forte de pé esquerdo, abriu o placar aos 13min.
Em todo o primeiro tempo, o artilheiro havia feito duas finalizações, perdido sete bolas e dado apenas seis passes -dois errados.
Foi só anotar o seu 27º gol (mesma marca de Dimba, do Goiás) no Brasileiro para as vaias cessarem. Só o seu nome era gritado pelos poucos torcedores que atenderam ao apelo dos atletas e foram beneficiados com a promoção de redução no preço dos ingressos efetuada pela diretoria.
"Comigo não tem lero-lero. Sabia que teria que aproveitar a única oportunidade do jogo. Foi assim, e agora estamos tranquilos. A minha disputa com o Dimba [pela artilharia] está bonita. Saí do primeiro tempo como vice-artilheiro [Dimba já havia havia feito dois gols no Vitória], mas estou saindo de campo empatado com ele", declarou Luis Fabiano.
Na quarta-feira, o São Paulo pega o Fluminense, que corre risco de rebaixamento, no Morumbi.


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