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FUTEBOL
Luis Fabiano faz seu 27º gol no Nacional e leva equipe ao terceiro lugar
São Paulo supera Coritiba e despacha sina do Morumbi
MARÍLIA RUIZ
DA REPORTAGEM LOCAL
O São Paulo venceu o Coritiba e
a sina de fracassar no Morumbi
neste Brasileiro quando enfrenta
rivais mais bem colocados ou adversários diretos na luta por uma
vaga na próxima Libertadores.
Pela contagem mínima, o time
de Roberto Rojas chegou aos 68
pontos, assumiu a terceira colocação e deixou para trás o Coritiba,
que estava à frente na classificação antes da partida de ontem.
"Vitória magrinha, sofrida, difícil, mas mais uma vez o Luis Fabiano assegurou o resultado", declarou o goleiro Rogério.
Difícil, como disse o são-paulino, mais pela dura marcação dos
visitantes -a equipe paranaense
atuou em um 3-5-2- do que pelo
poderio ofensivo exibido.
Rogério fez importantes defesas, mas apenas nos primeiros
minutos do jogo -impediu gols
certos de Edu Sales, aos 3min, e de
Souza, aos 4min. Depois, ele assistiu ao jogo rodando os braços na
fria noite paulistana (13C), dando instruções para os zagueiros e
fazendo fáceis intervenções.
Fernando, goleiro do Coritiba,
teve mais vezes a bola na sua área,
mas, efetivamente, também pouco participou do jogo. Ele fez somente uma defesa nos primeiros
45 minutos do confronto.
Com o meio-campo preenchido
por volantes, com seis zagueiros
em campo (três de cada lado), os
atacantes foram coadjuvantes.
Foram 270 passes trocados (145
do São Paulo e 125 do Coritiba),
37 bolas perdidas (20 x 17), 31 faltas (15 x 16) e apenas nove finalizações -só duas delas certas
(uma para cada lado).
Apagados, os atacantes Kléber e
Luis Fabiano, do lado são-paulino, só revidaram os dois ataques
que assustaram o goleiro Rogério
no início do jogo depois dos
25min. E com pouco perigo.
Foi Fábio Simplício, que "herdou" do ausente Ricardinho o título de mais perseguido pela torcida, quem chegou perto de abrir
o placar para os donos da casa
com um chute de fora da área. A
bola foi à esquerda de Fernando.
"Eles [jogadores do Coritiba]
estão marcando até os nossos zagueiros. A melhor chance do jogo,
até agora, foi deles. Vamos ver se a
gente muda de esquema e volta
com mais um no meio-campo",
sugeriu Rogério, capitão do São
Paulo, no intervalo.
Rojas decidiu não atendê-lo.
Paulo Bonamigo também manteve o esquema defensivo.
Luis Fabiano, porém, saiu da
mesmice. Acreditou em um lançamento de Lugano, disputou a
bola com dois marcadores (Odvan e Danilo), saiu na cara do gol
e, com chute forte de pé esquerdo,
abriu o placar aos 13min.
Em todo o primeiro tempo, o
artilheiro havia feito duas finalizações, perdido sete bolas e dado
apenas seis passes -dois errados.
Foi só anotar o seu 27º gol (mesma marca de Dimba, do Goiás)
no Brasileiro para as vaias cessarem. Só o seu nome era gritado
pelos poucos torcedores que atenderam ao apelo dos atletas e foram beneficiados com a promoção de redução no preço dos ingressos efetuada pela diretoria.
"Comigo não tem lero-lero. Sabia que teria que aproveitar a única oportunidade do jogo. Foi assim, e agora estamos tranquilos. A
minha disputa com o Dimba [pela artilharia] está bonita. Saí do
primeiro tempo como vice-artilheiro [Dimba já havia havia feito dois gols no Vitória], mas estou
saindo de campo empatado com
ele", declarou Luis Fabiano.
Na quarta-feira, o São Paulo pega o Fluminense, que corre risco
de rebaixamento, no Morumbi.
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