São Paulo, quarta-feira, 03 de dezembro de 2008

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TÊNIS

Retrovisor


Tradicional pesquisa do site Tenisbrasil estimula lembrança para ver o que realmente fica para a história

RÉGIS ANDAKU
COLUNISTA DA FOLHA

C OMO DIZ aquela piada: "Quando menos se espera, o fim de ano chega". E mais uma vez chega a hora de ver o que ficou deste ano tão único na história do tênis. Exagero? Tendo a achar que não...
Este é o ano que se encerra com Rafael Nadal, e não mais Roger Federer, como o melhor tenista da temporada. O que se pergunta é: qual foi a maior glória do espanhol? Encerrou um jejum incômodo de título ao ressurgir em Montecarlo, resistiu à pressão de Novak Djokovic para tirar-lhe o número dois, chegou ao tetra em Roland Garros, levou o ouro olímpico e fechou a temporada como campeão da Corrida. Mas o que simboliza essa mudança de trono é a vitória sobre o suíço na final de Wimbledon. Glória máxima.
E o que marcou a temporada de Federer? Zero Masters Series, uma mononucleose, um pneu de Nadal em Roland Garros, 15 derrotas. Tudo isso marca, mas o fato de ter, pela primeira vez em 700 jogos, desistido de uma partida é simbólico. Ainda assim, não há como ter dúvida: os dois fizeram o jogo do ano, em que o espanhol conquistou o seu primeiro troféu de Wimbledon.
Coadjuvante? Que tal Andy Murray e seu segundo semestre? O que mais evoluiu tecnicamente? Murray, Jo-Wilfried Tsonga, Giles Simon ou Juan Martin del Potro? Para não ser injusto, todos chegaram bem. A decepção? Richard Gasquet.
Nos quesitos "fato do ano" e "quem fará falta em 2009", empate duplo: as aposentadorias de Gustavo Kuerten e Justine Henin. O primeiro por encerrar uma era e deixar o tênis nacional órfão. A segunda por nos privar de seu talento e deixar um buraco grande no tênis feminino.
E, por fim, Tenisbrasil, dono de uma enquete que ajuda a registrar o que deve ficar na memória (www.tenisbrasil.com.br), traz também a tradicional provocação de fim de ano: se fosse patrocinar o tênis brasileiro, o que escolheria? Construiria um CT, bancaria um ATP Tour, faria um challenger por mês, investiria no feminino, tiraria o Brasil Open da Bahia ou contrataria o Bernardinho para dar um jeito? Responda você. Essa eu passo.

PELO COB
Thomaz Bellucci foi eleito o destaque no tênis neste ano.

NO FEMININO
A temporada caminha para um melancólico fim com apenas uma brasileira entre as... 400 primeiras do ranking. Vivian Segnini é a 340ª.

NO RIO
Anote: o Rio Champions vai de 12 a 15 de março. Quem joga? John McEnroe, Jim Courier, Goran Ivanisevic e Pat Cash e outros.

EM SÃO PAULO
Leonardo Kirche derrotou o argentino Gastón Giussani na decisão do Future no Clube Espéria.

reandaku@uol.com.br



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