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Nuzman foge de crítico em audiência no Senado
Superintendente do COB é inquirido no DF no lugar de presidente de comitê
Membro de entidade, mas
opositor da atual gestão,
Alberto Murray aproveita
plataforma para questionar
utilização de verba pública
EDUARDO OHATA
DA REPORTAGEM LOCAL
O presidente do Comitê
Olímpico Brasileiro, Carlos Arthur Nuzman, alegou compromisso para abandonar audiência pública no Senado após breve apresentação em Brasília,
ontem. Na reunião, foram discutidos os resultados do Brasil
na Olimpíada de Pequim e os
recursos públicos ao esporte.
A atitude de Nuzman, classificada de ""incomum" e de ""deselegante", provocou mal-estar
entre os senadores. Alberto
Murray Neto, integrante do
COB e crítico da atual gestão,
que também se apresentou,
aproveitou para declarar publicamente que ""sabia que ele
[Nuzman] ia ficar com medo".
Segundo a Folha apurou,
Nuzman questionou o convite
a Murray Neto a membros da
Comissão de Educação, Cultura e Esporte. Ao ouvir confirmação de que o colega, que põe
em dúvida licitações e convênios da entidade, participaria
da reunião, pediu que sua apresentação fosse logo a primeira.
O assessor de Nuzman que
estava em Brasília ontem não
respondeu à ligação da reportagem até o fechamento da edição para falar do tema. Ao serem informados por Nuzman
de que ele teria de se ausentar
devido a ""compromisso" e que
o COB responderia depois às
questões dos senadores, vários
protestaram. A audiência estava marcada havia semanas.
Foi o caso de João Pedro
(PT-AM), que formulara questão a Nuzman, e os autores do
requerimento da audiência,
Marisa Serrano (PSDB-MS) e
Sérgio Zambiasi (PDT-RS).
Afinal, argumentaram, não é
normal a figura principal da
audiência ir embora. A idéia seria aproveitar sua presença para dirimir as dúvidas ""in loco".
""E agora, quem é que vai responder às nossas dúvidas pelo
comitê?", questionou Pedro.
Murray Neto aproveitou para também alegar compromisso e antecipar sua apresentação. Foi uma estratégia para
preservar o impacto -falou em
terceiro, após Djan Madruga,
secretário nacional de alto rendimento do Ministério do Esporte, que representou a pasta.
O superintendente-executivo de esportes do COB, Marcus
Vinícius Freire, que havia saído
com Nuzman e voltara para
acompanhar a reunião, detectado por senadores e pelo secretário da comissão, foi então
chamado para compor a mesa.
Representou o comitê na segunda metade da audiência,
quando os senadores fizeram
perguntas. Seu contraponto foi
Murray Neto, que seguiu atacando o COB. À argumentação
do dirigente, de que o legado do
Pan foi a capacitação de pessoal para grandes eventos, contrapôs o fato de que o CO-Rio e
Comitê Rio-16 contrata muitas
consultorias estrangeiras.
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