São Paulo, sábado, 04 de janeiro de 2003

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EUA costumam utilizar latinos como "kickers"

DA REPORTAGEM LOCAL

Além de ser pioneiro entre os brasileiros, Damian Vaughn também conseguiu se encaixar como uma inovação entre os latino-americanos que chegam à NFL.
Ao jogar como "tight end", uma posição entre os 11 jogadores do ataque, e ter obtido sucesso atingindo a elite do esporte, Vaughn quebrou outro tabu.
Os poucos jogadores de origem latina que conseguiram se infiltrar no restrito mundo da NFL chegaram lá jogando numa posição muito relacionada com o futebol: a de "kicker". As funções desse jogador em campo são a de acertar o "Y" e converter o "field goal" (três pontos) e o ponto-extra, e de recolocar a bola em jogo quando sua equipe pontua.
Para Vaughn, o fato de ter ascendência latina não o conduziu automaticamente para ser um "kicker" por causa de sua compleição física -mede 1,95m e pesa cerca de 113 kg. "Virei um "Tight End" mais por causa do meu tamanho e também da minha agilidade."
Atualmente, há três "kickers" latino-americanos na NFL: José Cortez (El Salvador), do Washington Redskins, e os irmãos argentinos Martin (Tampa Bay Buccaneers) e Bill Gramatica (Arizona Cardinals).
Antes dos argentinos surgirem na NFL, o sul-americano que mais obteve sucesso no futebol americano também jogou como "kicker" na liga profissional.
É o colombiano Fuad Reveiz, que defendeu o Minnesota Vikings, uma das franquias mais tradicionais da liga, por 11 anos (entre 1985 e 1996) e chegou a ser relacionado para o Pro Bowl, o jogo das estrelas que encerra a temporada.
Há histórias de jogadores brasileiros de futebol que teriam sido convidados a usar capacete e trocar os chutes na bola redonda pelos na oval. Um das mais curiosas envolve Pepe, ex-ponta esquerda do Santos .
Numa excursão do time da Vila Belmiro, na década de 60, pelos EUA, Pepe teria sido convidado a atuar como "kicker" por dirigentes do então St. Louis Cardinals (atual Arizona), que ficaram impressionados pela força de seu chute. (PGA)


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