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POLÍTICA
Projeto de usar estrutura das Forças Armadas para o esporte foi criado por antecessor para atingir 102 municípios
Ministro recicla FHC com idéia de quartel
JOÃO CARLOS ASSUMPÇÃO
DA REPORTAGEM LOCAL
O projeto de abrir as portas das
Forças Armadas para a formação
de novos atletas, que o ministro
do Esporte, Agnelo Queiroz,
anunciou que levará adiante, é
uma versão reduzida do criado
por Lars Grael, secretário nacional de Esporte do governo FHC.
De acordo com a assessoria do
iatista, que acaba de assumir em
São Paulo o comando do esporte
na segunda gestão de Geraldo
Alckmin (PSDB), pelo menos 102
municípios brasileiros seriam beneficiados pelo acordo com as
Forças Armadas. O novo governo, no entanto, fala em 36.
Na contabilidade de Grael, 77
ginásios, 309 campos de futebol,
246 de futebol society, 164 pistas
de atletismo, 515 quadras poliesportivas, 83 de tênis, 102 piscinas e
115 quadras de areia ficariam à
disposição de crianças e jovens
carentes cadastrados no projeto.
Mas, segundo o Ministério do
Esporte, devido a restrições orçamentárias, estes números devem
ser revistos e reduzidos em dois
terços. O orçamento do Esporte
para 2003 é o menor de todos os
ministérios do governo Lula
-cerca de R$ 353 milhões.
Tanto o Ministério do Esporte
quanto o da Defesa não souberam
precisar quais seriam os municípios beneficiados pelo programa
bem como as unidades do Exército, Marinha e Aeronáutica que cederão sua estrutura para formar
novos atletas.
Em dezembro, ao assinar o Termo de Cooperação Técnica para
Implementação do Programa
Forças no Esporte, Grael anunciou que R$ 300 mil estavam reservados para o projeto em 2003.
Cabe à pasta de Agnelo alocar os
recursos orçamentários às competições esportivas e militares, repassar os necessários ao desenvolvimento de cada núcleo a ser
implantado, contratar técnicos
especializados, fornecer material
esportivo escolar, alimentar os
participantes do programa e avaliar e acompanhar os atletas.
Ao Ministério da Defesa, cabe,
entre outros, enunciar as unidades militares, de acordo com os
recursos alocados pelo Ministério
do Esporte, designar o coordenador do Núcleo, médicos, dentistas
e enfermeiros que darão assistência aos jovens e propiciar alojamento para todos.
Cada núcleo militar deve ter capacidade para receber pelo menos
cem esportistas, entre 10 e 17 anos
de idade, oriundos de comunidades carentes. Deverão ainda oferecer pelo menos 3 das 15 modalidades esportivas previstas no programa: futebol, judô, taekwondo,
atletismo, vela, hipismo, vôlei, esgrima, basquete, canoagem, remo, natação, tênis, tênis de mesa e
handebol.
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