ADALBERTO LEISTER FILHO
DA REPORTAGEM LOCAL

Após dois anos de marasmo, o Paulista masculino chega hoje à fase semifinal de uma edição marcada por novidades. A maior delas é que Ribeirão Preto e Araraquara não irão decidir o título, como ocorreu em 2001 e 2002.
Os arqui-rivais, desta vez, irão se enfrentar nas semifinais. O primeiro confronto será amanhã.
O novo personagem da decisão sairá do duelo entre Corinthians/ Mogi e Franca, times que abrem esta fase em Mogi das Cruzes.
Os dois tentam voltar aos tempos de glória. O Corinthians/Mogi quer recolocar um clube com algum vínculo com a capital em uma decisão do Paulista. Tal fato não ocorre desde 1988, quando o Sírio caiu diante do Franca.
Com parceria montada para esta temporada, Corinthians e Mogi tentam reerguer uma taça estadual. O Mogi foi campeão pela última vez em 1996. O jejum do clube do Parque São Jorge é maior: não ganha o título desde 1985.
Já o Franca busca voltar ao topo do pódio. A equipe viveu duas temporadas de fracassos, tendo ficado fora dos mata-matas do Nacional em 2002 e 2003 e da final do Estadual nos dois últimos anos.
"É importante vencer a primeira partida. Mas, se não perdermos em Franca, vamos à decisão", analisa o técnico Daniel Wattfy.
Em situação diferente, o Ribeirão, bicampeão paulista, ao menos já enfrentou mais problemas do que no Estadual-2002. O clube perdeu, há dois meses, uma invencibilidade de 56 jogos no torneio. Na fase de classificação, São Caetano e Corinthians/Mogi conseguiram superar o Ribeirão.
"As coisas podem ter sido alteradas neste ano. Só espero que não mude o time campeão", brincou o técnico Lula, do Ribeirão.
O Araraquara não bate o rival em um mata-mata desde o terceiro jogo da final do Paulista-2001. "Nosso trabalho tem mais de dois anos. O time está evoluindo e vai chegar a hora em que vamos vencê-los. Pode ser agora", disse o técnico Tom Zé, do Araraquara.
Para isso, ele terá que enfrentar um problema adicional: a ausência de um armador nato no time titular. Desde a saída de Arnaldinho, o técnico tem improvisado o ala Rodrigo na função.
"Esse é o tendão-de-aquiles da minha equipe", admitiu Tom Zé.