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Argentina acaba greve contra a violência em dia de tumulto
das agências internacionais
A Justiça argentina retirou ontem a decisão que paralisou o futebol no país para coibir a violência.
O estranho é que, poucas horas antes, um confronto de torcedores
deixou quatro feridos por pedradas, facadas e pauladas.
Com a medida judicial, o Campeonato Argentino deve começar
neste final de semana, mostrando
o mesmo cenário de violência e
impunidade de antes.
Apesar da briga pela manhã no
estádio La Bombonera, do Boca
Juniors, a Câmara de Apelações revogou, por decisão unânime, a medida do juiz Víctor Perrotta que
havia suspenso em janeiro as atividades nas divisões inferiores.
A denúncia, feita pela associação
Fair Play, apontava insegurança
para os espectadores nos estádios.
A suspensão para a segunda, a
terceira e a quarta divisões fez o
sindicato dos futebolistas decretar
uma greve geral, paralisando também a elite do futebol local.
Todo o imbróglio jurídico teve
uma resolução provisória ontem,
mas a violência, que o gerou, continua. Prova disso foi a briga entre
torcedores de Boca e Chacarita (time da segunda divisão) durante o
jogo-treino entre as duas equipes
no estádio La Bombonera.
""Nossa determinação não pode
ser relacionada com os fatos de hoje", disse Adolfo Campos Fillol, secretário da Câmara de Apelações.
Cerca de 600 pessoas assistiam
ao amistoso, marcado justamente
para condicionar fisicamente os
atletas no período sem futebol.
Quando o Boca ganhava por 3 a
0, torcedores da equipe se dirigiram ao setor rival com paus com
pregos, facas e pedras.
Um dos quatro feridos recebeu
um corte de faca. Todos foram levados a um hospital próximo.
Ao final, a polícia prendeu 12 envolvidos. ""Descuidaram da segurança, afinal, essas torcidas não estão acostumadas a assistir pacificamente a nada", disse Perrotta.
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