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ATLETISMO
País inicia no Mundial indoor, no Japão, sua temporada internacional deste ano
Brasil testa processo de "cubanização"
EDUARDO OHATA
da Reportagem Local
O atletismo brasileiro inicia, na
madrugada de hoje para amanhã,
com a atuação de Sanderlei Parrela, 24, no Mundial indoor, em
Maebashi (Japão), sua temporada
internacional testando os efeitos
de um processo de "cubanização".
Para disputar competições internacionais pela CBAt (Confederação Brasileira de Atletismo), os
atletas brasileiros agora necessitam alcançar índices superiores
aos estipulados pela Iaaf (Federação Internacional de Atletismo).
O comitê que controla o esporte
olímpico em Cuba adota igual estratégia. Nos esportes em que as
possibilidades de medalha são pequenas, não são enviados representantes, devido às dificuldades
financeiras por que passa o país.
Como resultado da adoção desta
nova política, o Brasil contará com
apenas um representante no Mundial indoor, no Japão.
Parrela disputa os 400 m rasos.
Seu técnico, Luís Alberto de Oliveira, também fará o papel de chefe da
"microdelegação".
Outro brasileiro, Vicente Lenílson de Lima, 21, que competiria
nos 60 m rasos, pediu dispensa por
causa de uma forte gripe.
Outros brasileiros poderiam ir
ao Mundial segundo os critérios da
Iaaf, mas a CBAt optou por enviar
só quem confirmasse as boas performances em nova seleção. No último Mundial indoor, o Brasil enviou 12 atletas.
""Adotar índices superiores aos
da Iaaf foi uma decisão causada em
parte por motivos financeiros.
Mas os próprios atletas aprovaram
a idéia de irmos sempre na certeza
de bons resultados", justifica o
presidente da CBAt, Roberto Gesta, ao admitir que para um ano
pré-olímpico o patrocínio ideal seria de R$ 4 milhões.
Mesmo tendo assinado contrato
de patrocínio de R$ 2,25 milhões
com a empresa de telecomunicações Tele Norte Leste na última segunda-feira, a CBAt ainda busca
auxílio de outras entidades, como
o Indesp (Instituto de Desenvolvimento do Desporto).
Cerca de metade do dinheiro do
patrocínio da Tele Norte Leste será
usada para pagar as dívidas contraídas pela CBAt com bancos e
com a Iaaf desde o início do ano
passado para manter as atividades.
O conselho técnico da CBAt se
reuniu na semana passada para
definir o número de brasileiros
que participarão das próximas
competições fora do país.
As equipes que disputarão os
Pan-Americanos adulto e juvenil,
os Mundiais de adultos e menores,
a Copa do Mundo de marcha atlética, o Mundial de meia-maratona
e os Sul-Americanos adulto e juvenil sofrerão redução com relação
às seleções dos anos anteriores.
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