São Paulo, quarta-feira, 04 de abril de 2001

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PAINEL FC

Na mesma
A Traffic diz que não há hipótese de a Mercosul não ser realizada neste ano, como chegou a ser anunciado pela CBF, após o acordo entre Ricardo Teixeira e Pelé, que lançaram um pacote para "salvar o futebol brasileiro". A agência de marketing esportivo de J. Hawilla, responsável pela organização do torneio, diz que houve um mal-entendido por parte da CBF na hora de anunciar o "pacotão".

Tudo por dinheiro
J. Hawilla afirma que o que não poderá acontecer é a coincidência de datas entre o Brasileiro e a Mercosul. Mas na Pelé Sports & Marketing a versão é outra. A Mercosul iria acabar, sim. Como a Traffic não concordou, a CBF teria recuado em sua intenção. E, para compensar o descumprimento do acordo, estaria oferecendo uma pequena participação da empresa de Pelé no torneio sul-americano.

Sem intermediário
Sobre o contrato da AmBev com a CBF, do qual ficou fora, Hawilla diz não ver problema algum. A Traffic só não participou, diz ele, porque a empresa procurou diretamente a confederação para fazer o acordo.

Doação
A NFL (liga profissional de futebol americano) prepara um projeto para fortalecer a modalidade no Brasil. Em maio, irá ceder 200 kits para escolas paulistas e uma entidade carioca, que estimulam a prática do "flag futebol", categoria mais "suave" -considerada o primeira passo para a prática do futebol americano. A doação será entregue por André José Adler, do canal ESPN International.

Terceiro setor
A camisa que Guga usou na final do Masters de Lisboa, em dezembro, quando se tornou número um do mundo, será rifada. Os bilhetes poderão ser adquiridos durante os jogos da Davis, em Florianópolis, que começam na sexta. O dinheiro será revertido para o Instituto Guga Kuerten, que ajuda a Cooperativa de Pais e Amigos de Portadores de Deficiência. O sorteio acontece apenas no final de abril.

Terceirização
O grupo CIE-Octagon, que chegou a anunciar parceria com Santos e Atlético-MG e depois voltou atrás, negocia com o HMTF. O fundo que administra o Corinthians deve repassar para a empresa, que é comandada por mexicanos, a administração do estádio que pretende construir para o time paulista.

Buraco negro
Em compensação, as chances de o HMTF assumir o Flamengo, no lugar da ISL, parecem cada vez menores. Executivos do fundo dizem que a situação financeira do clube carioca piorou muito nos últimos meses e acham que seria temerária uma associação com o Flamengo nas atuais circunstâncias.

Será possível?
Antes de abandonar a parceria com Flamengo e Grêmio, a ISL prometeu aos dois clubes arrumar um novo sócio para eles.

Licenciamento...
A Nestlé quer atrelar sua imagem ao esporte. A empresa lançou um requeijão cuja embalagem leva a marca dos principais times do futebol paulista -Corinthians, Palmeiras, Santos e São Paulo. O projeto deve durar pelo menos seis meses e, se der certo, será expandido para outros Estados.

...de produtos
A iniciativa foi coordenada pela All-E, agência de marketing esportivo que tem em Hortência, ex-jogadora de basquete, sua principal representante. O objetivo da Nestlé é aumentar suas vendas em 10%. No projeto, investiu cerca de R$ 900 mil.

Saudades de Eurico
O lateral-esquerdo Felipe, do Palmeiras, está impressionado com a diferença entre os dirigentes de futebol em São Paulo e no Rio. Segundo o jogador, "um Eurico Miranda da vida" nunca deixaria as equipes da capital jogarem tanto no interior, como tem acontecido no Paulista.

E-mail: painelfc.folha@uol.com.br

DIVIDIDA

De José Dias, diretor de futebol do São Paulo, sobre o fato de ter sido comparado a Américo Faria, diretor do Palmeiras, que é conhecido por suas trapalhadas no Parque Antarctica:
- É um absurdo, não tem sentido falarem uma coisa dessas. Acho o Américo um excelente profissional, mas não há razão para me comparar com quem quer que seja.

CONTRA-ATAQUE

Debandada

No GP Brasil de F-1, mesmo quando o carro de Rubens Barrichello teve de ser trocado pelo reserva de Michael Schumacher, antes do início da prova, a torcida brasileira parecia achar que ele teria chances de se recuperar e obter um bom resultado.
No camarote da Olympikus, por exemplo, a vibração foi intensa, assim como na arquibancada, quando o piloto corria a pé em direção ao box da Ferrari, onde pegaria o carro reserva.
Quando começou a prova, no entanto, o pessoal começou a cair na real e a perceber que o melhor momento da corrida já tinha passado: a "caminhada" do piloto rumo ao box.
Na terceira volta, quando Barrichello bateu e caiu fora da prova, os "vips" saíram às pressas do autódromo, a fim de pelo menos evitar o trânsito.
Com as estrelas se mandando, sobraram só os bicões e os "desconhecidos". E para algumas empresas, que alugaram espaço no autódromo, as lamentações contra mais um pífio desempenho de Barrichello em São Paulo e a falta de amor ao esporte de seus convidados.


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