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dois pesos
Contra os fortes, Palmeiras despenca
Clube é o melhor do Brasileiro diante dos colocados entre 11º e 20º, mas o quinto pior no embate direto com 1º ao 10º
Depois de ser batido pelo líder São Paulo e goleado pelo vice Cruzeiro, time tem o Botafogo, em quarto, como próximo adversário
PAULO COBOS
DA REPORTAGEM LOCAL
Contra os fracos, o melhor do
campeonato. Diante dos fortes,
um grande candidato ao rebaixamento. É assim a vida do Palmeiras no Brasileiro-07.
A goleada sofrida para o Cruzeiro foi mais um revés do clube contra um time da parte de
cima da classificação. Diante
dos atuais top 10, o Palmeiras
fez 11 jogos e venceu apenas um
-ainda assim de forma dramática, contra o Vasco, no Parque
Antarctica (3 a 2). O aproveitamento do clube ante os melhores do torneio é de apenas 24%,
o quinto pior da competição. O
próximo compromisso, na
quinta-feira, é contra o Botafogo, o quarto colocado.
Números de grande os comandados pelo técnico Caio
Jr., que na classificação geral
aparecem no sexto lugar, só
têm quando enfrentam os times da zona da pasmaceira ou
do desespero. Ninguém foi tão
eficiente nos duelos contra as
equipes hoje posicionadas entre 11º e 20º na classificação.
Foram 9 vitórias em 12 jogos,
aproveitamento de 78%.
Porém até clubes na zona de
rebaixamento, como o Juventude, foram mais eficientes
diante dos top 10.
Os dois maiores postulantes
ao título, São Paulo e Cruzeiro,
são até melhores contra os times mais bem colocados do
que ante os piores.
O Palmeiras disputou 18
pontos nos confrontos envolvendo uma das quatro equipes
que fazem parte hoje da zona
de classificação à Libertadores
e ganhou só quatro.
Em compensação, fez 13 dos
15 pontos possíveis nas vezes
em que desafiou os times atualmente na zona do descenso.
Quase dois terços dos gols do time aconteceram diante dos adversários mais frágeis.
A goleada em Belo Horizonte
(5 a 0 para o Cruzeiro, anteontem) abalou o grupo. "A gente
voltou de cabeça baixa e quase
ninguém veio conversando.
Não tinha clima. Depois do jogo, o Caio Jr. nem falou muita
coisa", disse o volante Wendel,
que apontou o São Paulo como
modelo a ser seguido. "Temos
que ter sabedoria daqui para
frente. Ser como o São Paulo.
Eles têm paciência, tocam a bola e ganham de 1 a 0, 2 a 1."
Colaborou TONI ASSIS , da Reportagem Local
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