São Paulo, quarta-feira, 04 de outubro de 2000

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Treinador teme prejuízo com o "efeito seleção"

DA REPORTAGEM LOCAL

O técnico Levir Culpi teme que o interesse da CBF em contratá-lo prejudique o desempenho de seu time na Copa João Havelange. Por isso, desde ontem, tenta evitar o assunto.
"Ficar falando disso pode desconcentrar o nosso time. Temos que pensar apenas na partida contra o Grêmio", afirmou o treinador.
Ele falou que também tomou a decisão por não ter nenhuma novidade sobre a sua provável ida para a seleção brasileira, como sucessor de Wanderley Luxemburgo. "Ninguém da CBF conversou comigo", disse.
Apesar do discurso do técnico, a entidade já entrou em contato com o São Paulo para tratar do assunto.
Ontem, o presidente do clube, Paulo Amaral, afirmou ter conversado duas vezes por telefone com Ricardo Teixeira, presidente da CBF, sobre o treinador são-paulino.
O dirigente está disposto a facilitar a ida de Culpi para a seleção. O técnico tem contrato até o final do ano, mas o compromisso não prevê multa em caso de uma eventual rescisão.
Apesar de temer que o time perca a concentração por causa da sua provável saída, Culpi disse que não pretende comentar o assunto com os jogadores, pelo menos por enquanto.
"O clima no São Paulo é de alegria, por isso não vejo motivo para falar sobre isso com os atletas", declarou ele.
Culpi passou a ser a prioridade da entidade depois que Carlos Alberto Parreira, do Atlético-MG, e Luiz Felipe Scolari, do Cruzeiro, recusaram o cargo, vago com a demissão de Wanderley Luxemburgo após o fracasso na Olimpíada de Sydney. Parreira aceita assumir uma função diretiva na CBF.


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