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Esportes com várias medalhas são desprezados
DA REPORTAGEM LOCAL
Para quem sonha com um
salto de qualidade no quadro
de medalhas, o Brasil mostra
falta de visão na hora de formar
sua equipe olímpica.
Além da tradicional escolha
pelos esportes coletivos, o país
ignora modalidades que distribuem muitas medalhas e têm
um nível de competitividade
bem menor.
Quem percebeu esse caminho, como a China, já colheu os
frutos em Sydney.
Na última Olimpíada do século, os asiáticos tiveram seu
melhor desempenho -ficaram em terceiro lugar, só perdendo para EUA e Rússia.
Das 28 medalhas de ouro
conquistadas pela China, apenas quatro foram nos chamados esportes nobres dos Jogos,
como atletismo e ginástica.
No resto, o país amealhou
seus ouros em modalidades como levantamento de peso (cinco), badminton (quatro) e tênis
de mesa (quatro).
Enquanto isso, o Brasil, que
só mandou um atleta para o levantamento de peso, que distribui 45 medalhas, prioriza as
provas mais difíceis nas modalidades mais tradicionais.
No atletismo, quase metade
da equipe foi inscrita nas provas de 100 m, 200 m e revezamento 4 x 100 m, justamente
nas quais os EUA, a maior potência do mundo, exercem o
maior domínio.
(PC)
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