São Paulo, quarta-feira, 04 de outubro de 2000

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Esportes com várias medalhas são desprezados

DA REPORTAGEM LOCAL

Para quem sonha com um salto de qualidade no quadro de medalhas, o Brasil mostra falta de visão na hora de formar sua equipe olímpica.
Além da tradicional escolha pelos esportes coletivos, o país ignora modalidades que distribuem muitas medalhas e têm um nível de competitividade bem menor.
Quem percebeu esse caminho, como a China, já colheu os frutos em Sydney.
Na última Olimpíada do século, os asiáticos tiveram seu melhor desempenho -ficaram em terceiro lugar, só perdendo para EUA e Rússia.
Das 28 medalhas de ouro conquistadas pela China, apenas quatro foram nos chamados esportes nobres dos Jogos, como atletismo e ginástica.
No resto, o país amealhou seus ouros em modalidades como levantamento de peso (cinco), badminton (quatro) e tênis de mesa (quatro).
Enquanto isso, o Brasil, que só mandou um atleta para o levantamento de peso, que distribui 45 medalhas, prioriza as provas mais difíceis nas modalidades mais tradicionais.
No atletismo, quase metade da equipe foi inscrita nas provas de 100 m, 200 m e revezamento 4 x 100 m, justamente nas quais os EUA, a maior potência do mundo, exercem o maior domínio. (PC)



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