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Com futebol ousado e envolvente, Santos derrota o rival em partida de seis gols no Pacaembu
"Meninos da Vila" brilham e superam o Corinthians
Gilberto Marques/Folha Imagem
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Jogadores do Santos comemoram gol no jogo em que quebraram a invencibilidade de seis jogos do Corinthians no Brasileiro-2002 |
DIOGO PINHEIRO
FÁBIO SEIXAS
DA REPORTAGEM LOCAL
No primeiro clássico do jovem
time do técnico Emerson Leão fora da Vila Belmiro, o Santos fez
valer o seu furor e venceu um Corinthians desfigurado por 4 a 2,
ontem à noite, no Pacaembu.
No duelo ousadia x cadência, o
time do técnico Carlos Alberto
Parreira não mostrou a costumeira paciência e foi envolvido pelos
novos "meninos da Vila".
O jogo foi digno de um grande
clássico. Para um público de quase 34 mil pessoas, os santistas, comandados por Diego e Robinho,
protagonizaram belas jogadas. O
arremate perfeito veio com Alberto, que abriu o caminho para a vitória com um gol de bicicleta.
O resultado levou o Santos, invicto há seis jogos, para a quinta
colocação no Brasileiro, com 26
pontos. O Corinthians, que perdeu uma invencibilidade também
de seis partidas, continua em terceiro na tabela, com 27 pontos.
Se dentro de campo o jogo foi
empolgante, fora dele sobrou
confusão. Faltando um minuto
para o término do primeiro tempo, torcedores do Corinthians
ainda entravam no Pacaembu. Do
lado de fora, houve confronto entre policiais e corintianos.
"Não tenho a menor idéia de
quantas pessoas ficaram de fora.
O Morumbi seria mais adequado
para um jogo desse porte", disse o
coronel Jorge Rego, do 2º Batalhão de Choque da Polícia Militar.
O espaço reservado para os corintianos só foi totalmente preenchido no intervalo. O setor reservado para a torcida do Santos foi
insuficiente. A PM teve de abrir
um espaço no tobogã -setor reservado a torcedores do Corinthians, que eram maioria.
"Quem tem de cantar de galo
aqui é o Corinthians. O Pacaembu
é o nosso terreiro. O deles é na Vila", disse Parreira, antes do jogo.
Entretanto o desejo do treinador não se realizou. O time do litoral não se intimidou com a pressão da torcida e impôs seu ritmo.
Aproveitando o mau posicionamento do lateral Angelo, o Santos
explorava o setor. Abusava da velocidade e da ousadia e dominava
o rival, que, por sua vez, nem lembrava uma equipe paciente. Com
Kléber e Gil bem marcados, os
santistas anularam a principal jogada do adversário.
A impaciência dos corintianos
não ficava restrita à armação das
jogadas. O toque de bola do Santos descontrolou os rivais. Só no
primeiro tempo, o Corinthians
fez 13 faltas -sete em Diego.
Desnorteada, a defesa corintiana não demorou a falhar, e o Santos abriu o placar. Aos 18min,
Diego cruzou rasteiro da esquerda, Anderson tentou cortar, e a
bola sobrou para Alberto marcar.
Os corintianos ficaram ainda
mais abatidos. A torcida santista
passou a empurrar o time e, com
mais uma jogada pela esquerda, o
time de Leão marcou o segundo.
Aos 31min, Diego cobrou falta, e
Renatinho cabeceou para Alberto, que empurrou para o gol.
"Não é só a defesa, está tudo errado", disse Doni, no intervalo.
Parreira tentou arrumar o Corinthians. Tirou Angelo e colocou
o volante Fabrício. Dessa forma,
Fabinho passou a atuar na lateral.
Mas não adiantou. Os corintianos tomaram um balde d'água
fria logo aos 3min do segundo
tempo. Renatinho recebeu a bola
na entrada da área e chutou. Doni
fez grande defesa, mas a bola sobrou para Elano, que só empurrou para o gol -3 a 0 Santos.
A supremacia santista ficou evidente seis minutos depois, quando Elano fez 4 a 0.
O técnico do Corinthians sacou
Deivid e Renato do time para a
entrada de Marcinho e Leandro.
O time de Parreira melhorou e
passou a acreditar na recuperação
quando Fabinho, aos 12min, cruzou pela direita, Alex tentou cortar, e a bola foi para as redes.
Com o apoio da torcida, o Corinthians passou a pressionar,
mas conseguiu apenas mais um
gol, com Leandro, aos 35min.
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