Desfalques fazem técnico optar pelo 4-4-2 em vez do 3-6-1 com que ex-treinador do Palmeiras tirou time da lanterna

Rosembrick, Roger Silva e Neto Baiano disputam vagas no ataque contra o Grêmio, abertas por lesões de Edmundo e Enílton

MÁRVIO DOS ANJOS
DA REPORTAGEM LOCAL

Contra o vice-líder do Brasileiro, o Palmeiras tem um desafio, três obstáculos e pode chegar a uma recompensa. Para isso, vai deixar de lado a herança tática do antigo técnico, Tite.
Se derrotar o Grêmio no Olímpico, o time do Parque Antarctica pode dar a Marcelo Vilar sua segunda vitória no comando do Palmeiras -a primeira foi justamente contra o líder São Paulo. É o desafio.
Os três obstáculos para isso são os desfalques de Edmundo, que ainda sente dores no ombro, Enílton e Wendel, com problemas musculares nas coxas. Por isso, o time abrirá mão do 3-6-1 que Tite consagrou no seu período para ir de 4-4-2.
"Estamos analisando a adaptação completa da equipe para podermos utilizar o esquema com segurança", disse Vilar, que negou que estivesse arquitetando um "novo Palmeiras". Para jogadores experientes, como o meia Juninho, a readaptação é encarada como tranqüila.
A recompensa imediata, caso o Palmeiras consiga derrotar o Grêmio, é o ingresso na zona de classificação à Sul-Americana, além de se distanciar mais do grupo dos quatro rebaixados.
Além dos desfalques, sai do time o zagueiro Dininho, que vai para o banco. Na proteção da zaga, Marcinho Guerreiro substitui Wendel. No ataque, Vilar tem três opções para as vagas de Enílton e Edmundo: Roger Silva, Rosembrick e o reforço Neto Baiano, vindo do Atlético-PR, que ainda não foi apresentado, mas pode estrear.
"Gostava muito do Tite também, mas é claro que a gente admira quem põe a gente para jogar", disse Roger, que pode ter sua primeira grande oportunidade no Palmeiras desde que foi trocado pelo São Paulo pelo lateral Lúcio.
Ou não, se Neto for escalado. "É um jogador que faz o pivô e está cotado para jogar. Atleta não tem que ficar sendo apresentado. Tem que mostrar em campo", diz Vilar.
No rival Grêmio, o técnico tem problemas. Além da suspensão do volante Lucas e da perda do atacante Léo Lima, que operou menisco, o técnico Mano Menezes tenta dissipar a dúvida que ficou depois que o time perdeu de 4 a 0 para o Goiás no Serra Dourada, na última rodada do Brasileiro.
"Isso só será possível se voltarmos a juntar o estilo pegador à nossa qualidade, marcando em cima, tirando o espaço do adversário", afirmou Mano, que deverá pôr o veterano Sandro no meio e Rafinha no ataque do time porto-alegrense.