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FUTEBOL NO MUNDO
Superatletas
RODRIGO BUENO
Em 20 anos, os jogadores de
futebol cresceram 3 cm e ganharam 1,4 kg, em média. Essa é
uma constatação que pode ser
feita ao compararmos os atletas
que participaram das Copas do
Mundo de 1974 e 94.
No Mundial da Alemanha, os
jogadores tinham, em média,
1,76 m e 73,9 kg. Nos EUA, passaram a ter 1,79 m e 75,3 kg.
Artigo de Rudy Gittens, ortopedista e membro do Comitê de
Medicina da Fifa, publicado ainda no final de 96, analisa esses
números e pouco associa o "crescimento" dos jogadores ao uso
de substâncias proibidas.
Apenas componentes como
carboidratos, proteínas, sais minerais e vitaminas são citados
como possíveis razões para esse
ganho físico dos atletas.
Esse enfoque deve-se muito à
pouca diferença detectada em
um índice que registra a massa
corpórea dos atletas. Aliás, nesse
item, os jogadores do passado
apresentam números até mais
"expressivos" que os mais recentes (23,8 contra 23,5).
O maior assunto do momento
no futebol mundial, porém,
questiona muito esses números.
O doping, mesmo que legal, sutil e moderno, está muito presente no futebol de hoje. E as seguidas notícias que chegam da Itália são apenas, como dizem, a
"ponta do iceberg".
Quando fala-se em modernização do futebol, lembra-se muito
dos esquemas táticos, da negociação de clubes e jogadores e da
globalização do esporte, mas só
agora a discussão volta-se para o
doping, que se desenvolveu tanto
ou mais nos últimos anos que os
outros temas acima citados.
Antes eram as "bolinhas", que
alguns jogadores assumiram tomar para a disputa do Mundial
interclubes. Depois vieram trabalhos de desenvolvimento, como o feito em Zico, símbolo nacional de jogador que "inchou"
com "produtos energéticos".
O escândalo do chamado "doping sanguíneo" dos jogadores
do Parma é só mais um avanço.
Está na hora de os exames antidoping também evoluírem.
NOTAS
Overdose
Pascual Donat, do Villarreal,
demorou três horas e meia para
"ceder material" para o antidoping após jogo com o Salamanca. Para tanto, teve que tomar
três litros de água, três cervejas
e três outros refrescos.
Massa
Maccarone vai para o Prato.
Pode parecer piada, mas Maccarone é um atacante que está
trocando o Milan pelo Prato, time da quarta divisão da Itália.
Genética
Haruna Babangida, irmão deTijani, craque do Ajax, completou 16 anos e já deve se profissionalizar no Barcelona. Como
o irmão, joga de ponta-direita.
Mundo da Lua
Austrália e Nova Zelândia decidem hoje quem representa a
Oceania na Copa das Confederações em jogo marcado para
as 15h30 (horário da Austrália).
O vencedor já será conhecido
no sorteio do torneio, que será
às 11h (horário do México).
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