São Paulo, sexta-feira, 04 de novembro de 2011

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros

Jogadores e patrões têm racha interno

NBA Paralisação da liga americana provoca discórdia nos dois lados

DE SÃO PAULO

Já são mais de quatro meses desde que os donos de times da NBA paralisaram as atividades da liga norte-americana de basquete.
E a ausência de acordo na divisão das receitas bilionárias da competição rachou internamente os dois lados da disputa trabalhista.
Do lado dos jogadores, quem está sob suspeita é nada menos do que o presidente do sindicato, o armador Derek Fischer, do LA Lakers.
Uma reportagem publicada em um site americano diz que Fischer está negociando com David Stern, o principal executivo da NBA, um acordo sem o conhecimento dos demais jogadores, que recusam a proposta de dividir igualmente os ganhos da liga -pelo contrato de trabalho anterior, os atletas tinham direito a 57% do faturamento.
O presidente do sindicato mandou uma carta a todos os jogadores desmentindo a reportagem. Não adiantou. Ontem, em reunião do comitê executivo, foi bombardeado com perguntas e críticas sobre seu comportamento. Mais rachado ainda parece estar o lado dos donos dos 30 times da liga de basquete.
A divisão é mais clara. De um lado, estão os proprietários de franquias de grandes centros, como Los Angeles, Nova York, Miami e Dallas.
Com mais receitas, esses times até aceitam uma fatia maior de ganhos para os jogadores em troca do encerramento da paralisação. No outro front estão as equipes de cidades menores, como Milwaukee, Indiana, Oklahoma e Utah. Seus donos dizem que o formato atual vai aumentar o desequilíbrio entre os times.
Essa divisão já gerou a maior multa da história da NBA aplicada a um dono. Por meio de sua conta do Twitter, Micky Arison, do Miami Heat, respondeu a um fã que o acusava de paralisar o basquete norte-americano.
"Você está latindo para o dono errado", respondeu Arison, deixando claro que não concorda com a forma como a negociação está sendo conduzida por seus pares.
Stern, que exige união dos donos, aplicou um "castigo" de US$ 500 mil (R$ 875 mil) pela rebeldia do cartola, dono da equipe que tem LeBron James como maior destaque.
Além da divisão das receitas, patrões e jogadores não estão de acordo sobre mudanças no teto salarial.
Os proprietários desejam regras mais rígidas, enquanto os atletas, temendo salários menores, querem flexibilizar as normas sobre o tema.


Texto Anterior: Análise/Atletismo: Sem medo de mudar a São Silvestre
Próximo Texto: Negociações podem recomeçar amanhã
Índice | Comunicar Erros



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.