DA REPORTAGEM LOCAL

Pressionado pela necessidade de construir uma vantagem por dois gols de diferença, o São Paulo optou por uma formação menos defensiva, com Luis Fabiano e Diego Tardelli no ataque -Souza, pela direita, encostava para auxiliar Gabriel no ataque, e Gustavo Nery, pela esquerda, fazia o mesmo com Fábio Santos.
A opção tática de Rojas fez o time começar a partida num ritmo forte. Em menos de dez minutos chegou duas vezes com perigo à área do adversário.
Mas o ímpeto são-paulino logo foi contido pelo River. O time argentino, com uma postura de recuar a marcação e esperar o São Paulo em seu campo, passou a controlar o jogo.
A equipe paulista deixou de investir em jogadas pelas laterais, como fizera no início da partida, e já não conseguia ameaçar o gol defendido por Constanzo. Passou então a tentar, sem sucesso, arremates de fora da área.
Somente depois dos 30min é que o São Paulo voltou a ameaçar, mas não conseguiu converter a pressão em gols.
Mas com a proximidade do fim do primeiro tempo, o time avançava e descuidava-se dos contra-ataques. Com isso, o River chegou duas vezes com muito perigo à frente de Rogério -numa delas, os argentinos só não abriram o placar porque o goleiro são-paulino fez grande defesa num arremate de primeira, à queima-roupa, do meia Coudet.
Com o 0 a 0 no placar depois de 45 minutos de jogo, os são-paulinos mostravam-se insatisfeitos com a falta de gols.
"É um resultado que a gente não esperava", afirmou Luis Fabiano, que também reclamou da postura de seu time. "Não é fácil passar pelo bloqueio argentino, mas temos que ter mais calma. Chutar de qualquer jeito não vai adiantar", esbravejou o atacante.
No segundo tempo, o São Paulo voltou pressionando e, em dez minutos, chegou por quatro vezes com chances de fazer o gol -numa delas, em cabeçada de Diego Tardelli, o gol foi salvo em cima da linha pela defesa do River.
Com 13 minutos já passados na segunda etapa, Rojas decidiu arriscar de vez. Tirou Adriano, o volante mais recuado da equipe, e colocou o atacante Rico.
E foi ele quem marcou o primeiro gol do São Paulo. Rogério, que jogou a maior parte da etapa final com dores no tornozelo esquerdo -machucou-se numa dividida com Coudet- cobrou falta. Mas, ao contrário do que costuma fazer, chutou rasteiro. A bola desviou no meio do caminho e sobrou para Rico tocar para a rede.
Após o gol, uma discussão entre Diego Tardelli e Ameli provocou uma briga generalizada.


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