da Reportagem Local

A Receita Federal está investigando a operação de transferência do lateral-esquerdo Zé Roberto para a Espanha.
Essa investigação, feita pela Superintendência da Receita em São Paulo, integra uma operação de grande alcance que visa detectar fraudes em transferências de esportistas ao exterior.
Em dezembro, quando tentou explicar à Folha a diferença entre o valor pago pelo Real Madrid (US$ 9,98 milhões) e o valor recebido pela Lusa (US$ 4,6 milhões), o presidente do clube brasileiro, Manuel Gonçalves Pacheco, deu indícios de que teria havido lesão ao fisco brasileiro.
Segundo Pacheco, o valor total da operação foi de US$ 8,1 milhões e que as comissões que cabiam ao jogador (US$ 1,2 milhão) e ao empresário Juan Figer (US$ 800 mil) foram pagas pelo Real Madrid no exterior.
Como a transferência foi feita no Brasil, os valores deveriam ter sido pagos aqui, e 25% desses US$ 2 milhões caberiam ao governo brasileiro como Imposto de Renda.
Apesar de os clubes de futebol terem sido isentos de Imposto de Renda até o ano passado, eles eram obrigados a manter uma escrituração correta de suas operações financeiras.
A publicação da reportagem pela Folha levou a Receita Federal, no final de dezembro, a intimar a Lusa a apresentar explicações sobre a transferência.
O Ministério Público está acompanhando o caso. (MD)


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