|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Lusa pode fazer
2ª sindicância
MARCELO DAMATO
da Reportagem Local
A negociação do meia-lateral Zé
Roberto ao Real Madrid poderá ser
tema de uma segunda investigação
na Lusa, a partir desta semana.
Amanhã à noite, o Conselho de
Orientação e Fiscalização do clube
terá reunião extraordinária.
A pauta é a negociação do
meia-atacante Rodrigo com o Real
Madrid, concluída no dia 30 de dezembro último.
Segundo o presidente do COF,
Antonio de Almeida e Silva, a reunião foi convocada a pedido de vários conselheiros em razão das notícias de que Rodrigo teria sido negociado por menos do que os US$
15 milhões fixados pelo COF, o órgão que tem poder para isso, segundo o estatuto.
O próprio contrato em que a Lusa cede ao Real Madrid a opção de
comprar o jogador fixa o valor do
passe em US$ 10 milhões.
"Mas é muito provável que o caso de Zé Roberto seja tratado também. Afinal, eles estão ligados",
disse Almeida e Silva.
O presidente da Lusa, Manuel
Gonçalves Pacheco, cedeu ao Real
Madrid a opção de compra de Rodrigo na mesma reunião em que
acertou a transferência de Zé Roberto.
Na primeira investigação da
transferência do meia-lateral, feita
pelo COF em abril, Pacheco afirmara que o negócio fora feito diretamente entre a Lusa e o Real Madrid, apesar de os documentos que
assinara afirmarem a presença de
um terceiro clube, o Central Español, do Uruguai.
Pacheco disse à Folha que o presidente do Real Madrid, Lorenzo
Sanz, pedira a inclusão de um clube intermediário e que ele não vira
nada de mal no assunto.
Sanz, procurado pela Folha, disse não se lembrar de como havia
feito o negócio, fechado apenas
nove meses antes.
O empresário uruguaio Juan Figer, o arquiteto da negociação (tinha relação com os três clubes e
ainda era procurador de Zé Roberto), disse a entrada do Central Español teve como motivo pagamentos que o Real Madrid tem a fazer
para Zé Roberto.
O jogador, por sua vez, negou essa afirmação e ainda acrescentou
que nada recebera a título de 15%,
nem do Real.
Segundo Almeida e Silva, Pacheco afirma que o Real Madrid se
comprometeu a pagar o US$ 1,2
milhão a que Zé Roberto tem direito na transação, mas nunca apresentou um documento comprovando isso.
Pela legislação brasileira, cabe ao
jogador 15% do preço de seu passe,
pagos pelo clube que o cede.
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
|