São Paulo, Quarta-feira, 05 de Janeiro de 2000


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FUTEBOL
Time, com zaga experimental e sem conhecer bem o rival, foi o único a inscrever apenas dois goleiros
Corinthians estréia com tática de risco

MAÉRCIO SANTAMARINA
da Reportagem Local


Um dos favoritos à conquista do primeiro Mundial de Clubes da Fifa, o Corinthians usa uma tática de risco em sua estréia no torneio, hoje à noite, contra o Raja Casablanca, de Marrocos, no Morumbi.
Além de utilizar uma nova formação na zaga, testada apenas uma vez pelo técnico Oswaldo de Oliveira, e de desconhecer o rival, o Corinthians foi o único entre os oito times do Mundial que ousou inscrever só dois goleiros. Todos os outros inscreveram três.
""Não inscrevi três porque tínhamos problema na zaga e precisávamos de uma consistência maior nesse setor. Não sabia se poderia contar, por exemplo, com Adílson, que ainda se recupera de cirurgia", afirmou Oliveira.
O Corinthians inscreveu cinco zagueiros para a competição.
Segundo Oliveira, se algum dos goleiros inscritos -Dida e Maurício- se contundir, o clube irá recorrer à Fifa para inscrever um terceiro -Renato ou Yamada.
Para minimizar os riscos na estréia, o treinador corintiano decidiu ontem repensar a escalação de Adílson na zaga. Ele, que tinha sido titular, ao lado de João Carlos, em coletivo no dia anterior, deu lugar a Fábio Luciano no segundo coletivo da semana, ontem.
Adílson, 31, ex-Jubilo Iwata, do Japão, havia sofrido uma cirurgia no joelho esquerdo no final de 1998, após romper os ligamentos. Além disso, ele está sem jogar desde o dia 27 de novembro.
""Gostaria de contar com a experiência do Adílson neste momento, mas ele ainda está se recuperando, sem ritmo de jogo. Se jogar contra o Raja, terá menos de 48 horas para se recuperar para a partida contra o Real Madrid, na próxima sexta", disse Oliveira.
Fábio Luciano, 24, ex-Ponte Preta, foi muito bem nos treinamentos, segundo o técnico. ""Ele joga mais pela direita, mas não tem dificuldades pela esquerda."
""Estou sem entrosamento por ser novato no time, mas acho que a minha vontade é capaz de superar tudo", afirmou o zagueiro.
Sobre o seu primeiro adversário no Mundial, o único conhecimento que a comissão técnica corintiana tem veio do amistoso em que o Raja Casablanca foi goleado por 4 a 1 pelo Vasco, no último dia 28, assistido por um ""espião", o auxiliar técnico Édson Cegonha.
""Deu para ter uma idéia do futebol deles. A equipe tem um toque de bola refinado e atua no 3-5-2", afirmou Oliveira.
Cegonha explicou diferente o esquema tático dos marroquinos. Segundo ele, o Raja deixa apenas um atacante na frente, e usa dois ou três vindos de trás em velocidade para enganar o rival. ""Temos de manter vários jogadores atrás mesmo com só um atacante deles para não sermos surpreendidos. Essa é a máxima do jogo."
Para Cegonha, o nome dos marroquinos é o maior problema para orientar os corintianos. ""Vamos falar apenas em números."
NA TV - Bandeirantes e Sportv, ao vivo, às 21h


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