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São Paulo, quarta-feira, 05 de fevereiro de 2003

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FUTEBOL

Pela Copa do Brasil, time terá cinco meias para jogar com Operário-MT

Palmeiras estréia recuado no seu torneio mais valioso

Marcos Vaillant/'A Gazeta'
O goleiro Marcos dá autógrafo na chegada da equipe a Cuiabá


RODRIGO BERTOLOTTO
DA REPORTAGEM LOCAL

A aposta de Jair Picerni em um jogo de risco durou só uma semana no Palmeiras. Hoje, contra o Operário de Várzea Grande (MT), pela Copa do Brasil, o técnico vai escalar um time com cinco meias e apenas um atacante.
A opção precavida coincide com a estréia no torneio mais importante da temporada para a equipe, afinal, como foi rebaixada no Brasileiro, é sua única chance de voltar à Taça Libertadores.
"Temos de ir para cima deles, mas com segurança", explica o treinador sobre a nova tática.
Essa proteção será dada por um meio-campo formado por Magrão, Claudecir, Adãozinho, Zinho e Pedrinho. No ataque, Anselmo ficará sozinho onde antes havia uma dupla (Dodô e Muñoz ou Leandro e Vágner).
Picerni tentou aplicar no Palmeiras a mesma filosofia que usou no São Caetano: tomar gols, mas fazer mais deles no rival.
O problema é que o time ainda anda traumatizado pelo rebaixamento e, como em 2002, se abala em campo quando o placar é adverso. "O emocional não está legal. O passado está refletindo no presente", diagnostica Picerni.
Fica ainda mais ruim o passado se for lembrado o desempenho palmeirense na Copa do Brasil de 2002. A eliminação na primeira fase pelo time alagoano do ASA de Arapiraca foi o primeiro vexame de um ano cheio deles.
O passado recente também não ajuda, já que o time vem de uma inédita derrota para o União Barbarense (4 a 2), no Parque Antactica. O resultado complicou sua situação no Paulista, com os jogadores já temendo disputar o "torneio da morte", que decidirá o time rebaixado no Estadual.
A delegação embarcou ontem de manhã para Mato Grosso e treinou no final da tarde no local da partida, o estádio José Fragelli, também conhecido como "Verdão". Lá, o técnico palmeirense também pôde colher mais informações sobre o adversário.
Até decolar de Cumbica, o técnico tinha apenas dados colhidos na internet, o que não era muito. Além de saber que o rival é o atual campeão mato-grossense, que seu apelido é "Chicote da Fronteira" e que seu técnico se chama Gilmar Ferreira, Picerni tomou conhecimento que o Operário usará o 4-5-1, a mesma tática de "time pequeno" que ele aplicará.
Essa formação foi ensaiada na pré-temporada de Pouso Alegre (MG) como uma alternativa. Seu emprego, porém, choca com a quantidade de atacantes que o time dispõe. São Leandro, Muñoz, Thiago Gentil, Vágner, Anselmo, Edmílson e o colombiano Carlos Castro -fora Dodô, que, com propostas de Goiás, Vitória, Fluminense e Botafogo, está saindo.
Anselmo seria a última opção nessa lista, mas agradou ao técnico pela boa atuação contra o Barbarense -as contusões de Muñoz e Thiago Gentil e as más atuações de Leandro e Vágner ajudaram a alçá-lo a titular.

NA TV - Record e Sportv, ao vivo, às 21h40


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