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FUTEBOL
Campeão brasileiro estréia em torneio inédito para seu técnico e titulares, 19 anos após a sua última participação
Santos volta virgem para a Libertadores
FAUSTO SIQUEIRA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SANTOS
Dezenove anos depois, o Santos
volta a Cali, na Colômbia, para
enfrentar o América, à 0h05 de
amanhã (no horário de Brasília),
com a missão de apagar o vexame
da última participação da equipe
na Taça Libertadores da América,
em 1984, quando a equipe foi eliminada ainda na primeira fase.
A partida também marcará a estréia na Libertadores do técnico
Emerson Leão -ele só disputou a
competição como atleta- e de
todos os jogadores do Santos -à
exceção do lateral reserva Rubens
Cardoso, vice-campeão no ano
passado pelo São Caetano.
Com a experiência acumulada
em 2002, Cardoso disse ter transmitido a alguns dos colegas que
solicitaram a "receita" de como
atuar na Libertadores.
"São partidas com muitas jogadas aéreas e bastante contato físico. Na dúvida, o juiz sempre marca para o time da casa, porque a
pressão é muito grande", ensinou
o lateral santista.
Para o jovem meia Diego, a
preocupação com a partida foi
tanta que, para não correr o risco
de perder a hora, ele programou
dois telefones e um despertador
para tocar ontem pela manhã,
além de ter pedido para a namorada telefonar logo cedo.
"Dá uma ansiedade grande pela
importância da competição. Mas
precisamos jogar com tranquilidade. Não podemos entrar em
correria ou desespero", disse o
atacante Ricardo Oliveira.
O técnico Leão afirmou que, em
suas preleções, preferiu não ressaltar para os jogadores o caráter
inédito da competição, a fim de
não deixar os atletas ainda mais
ansiosos.
"A maior e mais difícil competição do mundo é o Campeonato
Brasileiro, e essa nós ganhamos.
Equipes da Espanha e da Inglaterra, se disputassem, não chegariam", declarou o treinador.
Para ele, a principal preocupação era o desgaste da viagem iniciada às 12h45 de ontem e com
previsão de 11 horas de duração,
após escala em Manaus e conexão
em Bogotá, capital colombiana.
Antes do embarque, Leão comandou um coletivo no CT Rei
Pelé, no qual reintroduziu na
equipe o zagueiro André Luís. O
jogador não atuou nos dois últimos jogos do Santos porque não
avisou previamente que estava
com um desarranjo estomacal e
chegou 30 minutos atrasado a um
treinamento.
O atleta comemorou a volta à
equipe e negou que tenha usado o
problema médico como desculpa
para o atraso. "Jamais eu iria inventar uma desculpa de dor de
barriga na véspera do jogo. Passei
mal mesmo", afirmou.
Leão recebeu teipes de duas
partidas do América e transmitiu
aos jogadores as informações sobre o adversário, que é tricampeão colombiano.
"É uma equipe de muita força.
Temos que nos igualar a eles nessa força porque na técnica sabemos que poderemos superá-los",
disse o meia Elano, que voltará à
posição de origem depois de improvisações na lateral direita.
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