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São Paulo, quarta-feira, 05 de fevereiro de 2003

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FUTEBOL

Campeão brasileiro estréia em torneio inédito para seu técnico e titulares, 19 anos após a sua última participação

Santos volta virgem para a Libertadores

FAUSTO SIQUEIRA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SANTOS

Dezenove anos depois, o Santos volta a Cali, na Colômbia, para enfrentar o América, à 0h05 de amanhã (no horário de Brasília), com a missão de apagar o vexame da última participação da equipe na Taça Libertadores da América, em 1984, quando a equipe foi eliminada ainda na primeira fase.
A partida também marcará a estréia na Libertadores do técnico Emerson Leão -ele só disputou a competição como atleta- e de todos os jogadores do Santos -à exceção do lateral reserva Rubens Cardoso, vice-campeão no ano passado pelo São Caetano.
Com a experiência acumulada em 2002, Cardoso disse ter transmitido a alguns dos colegas que solicitaram a "receita" de como atuar na Libertadores.
"São partidas com muitas jogadas aéreas e bastante contato físico. Na dúvida, o juiz sempre marca para o time da casa, porque a pressão é muito grande", ensinou o lateral santista.
Para o jovem meia Diego, a preocupação com a partida foi tanta que, para não correr o risco de perder a hora, ele programou dois telefones e um despertador para tocar ontem pela manhã, além de ter pedido para a namorada telefonar logo cedo.
"Dá uma ansiedade grande pela importância da competição. Mas precisamos jogar com tranquilidade. Não podemos entrar em correria ou desespero", disse o atacante Ricardo Oliveira.
O técnico Leão afirmou que, em suas preleções, preferiu não ressaltar para os jogadores o caráter inédito da competição, a fim de não deixar os atletas ainda mais ansiosos.
"A maior e mais difícil competição do mundo é o Campeonato Brasileiro, e essa nós ganhamos. Equipes da Espanha e da Inglaterra, se disputassem, não chegariam", declarou o treinador.
Para ele, a principal preocupação era o desgaste da viagem iniciada às 12h45 de ontem e com previsão de 11 horas de duração, após escala em Manaus e conexão em Bogotá, capital colombiana.
Antes do embarque, Leão comandou um coletivo no CT Rei Pelé, no qual reintroduziu na equipe o zagueiro André Luís. O jogador não atuou nos dois últimos jogos do Santos porque não avisou previamente que estava com um desarranjo estomacal e chegou 30 minutos atrasado a um treinamento.
O atleta comemorou a volta à equipe e negou que tenha usado o problema médico como desculpa para o atraso. "Jamais eu iria inventar uma desculpa de dor de barriga na véspera do jogo. Passei mal mesmo", afirmou.
Leão recebeu teipes de duas partidas do América e transmitiu aos jogadores as informações sobre o adversário, que é tricampeão colombiano.
"É uma equipe de muita força. Temos que nos igualar a eles nessa força porque na técnica sabemos que poderemos superá-los", disse o meia Elano, que voltará à posição de origem depois de improvisações na lateral direita.


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