São Paulo, segunda-feira, 05 de fevereiro de 2007

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Depois de seis gols, Santos mantém ponta do Paulista

Primeiro clássico do Paulista-07 tem atrativos que vão das variações táticas e reviravoltas até expulsão e várias defesas

Time de Luxemburgo perde 100% de aproveitamento diante do Palmeiras, mas o 3 a 3 o deixa com três pontos sobre vice-líder São Caetano

MÁRVIO DOS ANJOS
RODRIGO MATTOS

DA REPORTAGEM LOCAL

Variações táticas, alternância no domínio do jogo, expulsão, várias defesas e seis gols. O primeiro clássico do Paulista teve elementos de uma partida atraente. Ao final, o Santos arrancou o empate com Palmeiras, após ficar em desvantagem a maior parte do tempo.
O resultado de 3 a 3 manteve o Santos na liderança, com vantagem de três pontos sobre o São Caetano, que tem 13. O Palmeiras foi a 11 pontos e está apenas em sétimo- é o único grande que não estaria classificado à semifinal. São Paulo e Corinthians têm 12 e figuram hoje entre os quatro primeiros.
Antes do jogo, a estatística era amplamente favorável ao Santos. O time do litoral tinha cinco pontos à frente do Palmeiras, mais gols feitos e menos sofridos. No histórico dos confrontos, somava quatro vitórias seguidas. Na escalação, havia o craque Zé Roberto e o artilheiro Cléber Santana
No time alviverde, já eram dois jogos sem vitória. A estrela Edmundo lutava para recuperar a forma. Mas a superioridade do Santos não foi vista em campo. Mais marcador e veloz, o Palmeiras fechou o primeiro tempo com dois gols de vantagem, feitos por Osmar.
"Em um clássico não dá para você dormir. Espero que essa atitude não volte a acontecer. É difícil empatar um jogo depois de ficar dois gols atrás", afirmou o goleiro Fábio Costa.
E o empate saiu porque o Palmeiras cometeu erros táticos e na defesa. Isso depois de ter ficado em torno de 50 minutos na frente do placar.
Isso gerou clima de frustração entre os palmeirenses no final da partida. Houve até nervosismo do atacante Edmundo, que não gostou de pergunta de um jornalista e saiu com cara amarrada no estádio.
"Enfrentamos a melhor equipe da competição e conseguimos um empate. Podia ter sido melhor, mas até conseguimos empolgar a torcida pelo primeiro tempo que fizemos", analisou o técnico palmeirense Caio Jr. sobre o empate.
Preocupado, ele disse que vai tentar trabalhar a cabeça de seus atletas, pois considera que o problema psicológico é maior enfrentando por seu time.
Era nítida a diferença do clima no vestiário santista. O técnico Vanderlei Luxemburgo distribui elogios, do meia Pedrinho até a comissão técnica.
É um reflexo da campanha dos dois times no Paulista. O Santos tem aproveitamento de 88,9%. Enquanto isso, o Palmeiras acumulou apenas 61,1% dos pontos que disputou.
E os santistas mantiveram o tabu sobre os rivais- cinco jogos sem perder. Mas Luxemburgo ainda mantém a cautela. "Não é um campeonato de pontos corridos", ressalvou.


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