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MATINAS SUZUKI JR.
Basquete à mesa
Os negócios relacionados ao
esporte estão assumindo variações muito interessantes e
se tornaram casos riquíssimos
de exploração das potencialidades de uma marca.
A National Basketball Association, conhecida como NBA,
a franquia que realiza o basquete ultraprofissional nos
EUA, anunciou nesta semana
que vai lançar uma rede de
restaurantes com a sua grife.
O bola-ao-cesto associa-se
ao britânico Rank Group, que
controla a rede dos Hard Rock
Cafes, para entrar no ramo
dos restaurantes temáticos
(um setor que, aliás, segundo
o jornal de economia ""Financial Times", não anda bem
das pernas. Ações do Planet
Hollywood despencam nas
bolsas americanas).
O investimento anunciado é
de US$ 90 milhões, para abrir
dez restaurantes da NBA em
cidades como Tóquio, Barcelona, Madri e Los Angeles, depois do ponto inaugural, que
começa a funcionar no ano
que vem em Orlando, Flórida.
Os negócios entre o esporte e
o setor de bares e restaurantes
já têm grande tradição nos
EUA, onde os chamados
""sports bars" operam em larga escala (ainda não decolaram plenamente no Brasil).
A própria franquia do basquete americano tem pelo menos uma boa experiência de
proximidade com a comida: o
restaurante do armador dos
Bulls Michael Jordan, em Chicago, com boa parte do faturamento ligada à lojinha de
produtos da NBA.
Aliás, o mesmo Air Jordan,
em grande estilo e aproveitando o fim-de-semana do All
Star Game, inaugura no sábado a versão nova-iorquina da
sua ""steak house", com a presença das estrelas do jogo.
Enquanto isso, o futebol
também rende os seus dividendos para outras atividades
do mundo do entretenimento.
O selo de discos Decca espera vender em todo o mundo
cerca de sete milhões de cópias da gravação de Pavarotti, Plácido Domingo e José
Carreras, ""Los tres tenores",
cantando ""We are the Champions", velho hit triunfal do
grupo Queen.
A gravadora quer ampliar o
sucesso obtido por Pavarotti
durante a Copa de 94, com a
gravação de ""Nessun Dorma".
Na verdade, como já disse
alguém, a indústria da música clássica espera que o futebol traga o segundo ""annus
mirabilis" da década e que as
vendas do setor, que despencaram no ano passado, voltem a crescer.
Matinas Suzuki Jr., diretor-editorial adjunto da Editora Abril, escreve às quintas-feiras
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