JOSÉ ALAN DIAS
da Reportagem Local

A página da Confederação Brasileira de Vôlei na Internet (rede mundial de computadores) apresentou ontem texto ridicularizando um dos patrocinadores da Superliga feminina.
Pela manhã, no boletim estatístico da partida entre MRV-Suggar 3 x 0 Mappin-Pinheiros, constava o seguinte comentário: ""Minas: saque, bloqueio e ataque eficientes e Mappin com sua liquidação de verão 97/98 (sic)".
À tarde, o trecho alusivo à participação da equipe patrocinada pela rede de magazines foi retirado do site, depois que o gerente do time, Wilson Santoro, protestou junto à confederação.
Na equipe do Mappin, atuam as atacantes Ana Flávia e Fernanda Doval da seleção brasileira. O time, quinto colocado no torneio, perdeu seus últimos quatro jogos.
A empresa é também proprietária da Mesbla (rede de magazines), que patrocina a Recra, de Ribeirão Preto (SP). Ela não divulga quanto está investindo nesta temporada.
Segundo a CBV, a ""brincadeira" foi feita por um hacker (pirata de computadores) que teria descoberto a senha que permite inserir informações na página.
De acordo com a entidade, cabe ao delegado do jogo preparar os comentários que normalmente constam no site.
Sandra Caldeira, responsável pelas estatísticas da liga, disse que somente ela e outras duas pessoas têm acesso à senha. Ontem mesmo a senha teria sido trocada.
A Dialdata, empresa provedora que presta serviço à CBV, descartou a hipótese de o trabalho ter sido feito por um hacker.
""Pelo rastreamento que fizemos, a informação partiu da estatística. Ela já constava no site às 22h30 (o jogo começou às 20h e durou uma hora e 29 minutos). Um hacker teria que estar atento somente ao jogo para entrar na página e alterar o arquivo tão rapidamente", disse Antonio Tabarez, sócio-diretor da empresa.



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