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São Paulo, quarta-feira, 05 de março de 2003

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FUTEBOL

Presidente da federação estadual xinga adversários e festeja o time que, hoje, de novo joga para desbancar grandes

Time do chefe, Americano emerge no RJ

DA REPORTAGEM LOCAL

Qual é a equipe mais regular no Campeonato Estadual do Rio de Janeiro no século 21? Se você respondeu Botafogo, Flamengo, Fluminense ou Vasco, errou.
Ninguém ganhou mais pontos e teve um aproveitamento tão bom na somatória das edições do torneio a partir de 2001 como o Americano de Campos, time de coração de Eduardo Viana, o Caixa D'Água, presidente da Federação do Rio, que na semana passada, sem constrangimento algum, comemorava e xingava a torcida rival no estádio das Laranjeiras após o empate arrancado pelo clube em jogo com o Fluminense.
Hoje, pelo terceiro ano seguido, o Americano tem tudo para novamente deixar um clube grande fora das quatro primeiras posições do Estadual. Para isso, basta vencer, em casa, o modesto Friburguense. Em caso de uma goleada por oito gols de diferença, irá fazer ainda mais, conquistando o título da Taça Guanabara.
Mas a ascensão do time de Campos, base da família Garotinho, que domina a política no Estado, não é de agora.
Ninguém ganhou mais pontos (116) e teve aproveitamento tão bom (70,3%) no Rio nos últimos três anos como o Americano, que foi terceiro colocado em 2001 e vice-campeão no ano passado.
O segundo colocado nesses dois rankings é o Vasco, com 113 pontos e 68,4% de aproveitamento.
Os consistentes resultados do Americano têm um exército de detratores no Rio.
Para eles, a equipe só chegou onde está por influência de Viana.
No atual campeonato, o time teria sido beneficiado pela arbitragem em várias rodadas, como na vitória de sábado passado contra o América, clube com sérios problemas de relacionamento com a federação de Caixa D'Água.
Por decisão do cartola, devido aos problemas no calendário, o Americano vai entrar em campo hoje sabendo do que precisa fazer para ganhar a Taça Guanabara ou ao menos levar a vantagem do empate para as semifinais, já que quase todos os clubes já encerraram sua participação.
A influência do dirigente na CBF também ajudou o Americano a ganhar experiência disputando competições importantes, como a Copa do Brasil.
Fundado em 1914, o time do coração de Viana dividia o poder da sua cidade com o Goytacaz antes da ascensão do cartola.
Agora, com o rival esmagado, virou ameaça constante para os grandes em um Estadual que entrou em profunda decadência na era Caixa D'Água. (PAULO COBOS)


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