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FUTEBOL
Presidente da federação estadual xinga adversários e festeja o time que, hoje, de novo joga para desbancar grandes
Time do chefe, Americano emerge no RJ
DA REPORTAGEM LOCAL
Qual é a equipe mais regular no
Campeonato Estadual do Rio de
Janeiro no século 21? Se você respondeu Botafogo, Flamengo, Fluminense ou Vasco, errou.
Ninguém ganhou mais pontos e
teve um aproveitamento tão bom
na somatória das edições do torneio a partir de 2001 como o Americano de Campos, time de coração de Eduardo Viana, o Caixa
D'Água, presidente da Federação
do Rio, que na semana passada,
sem constrangimento algum, comemorava e xingava a torcida rival no estádio das Laranjeiras
após o empate arrancado pelo
clube em jogo com o Fluminense.
Hoje, pelo terceiro ano seguido,
o Americano tem tudo para novamente deixar um clube grande fora das quatro primeiras posições
do Estadual. Para isso, basta vencer, em casa, o modesto Friburguense. Em caso de uma goleada
por oito gols de diferença, irá fazer ainda mais, conquistando o título da Taça Guanabara.
Mas a ascensão do time de
Campos, base da família Garotinho, que domina a política no Estado, não é de agora.
Ninguém ganhou mais pontos
(116) e teve aproveitamento tão
bom (70,3%) no Rio nos últimos
três anos como o Americano, que
foi terceiro colocado em 2001 e vice-campeão no ano passado.
O segundo colocado nesses dois
rankings é o Vasco, com 113 pontos e 68,4% de aproveitamento.
Os consistentes resultados do
Americano têm um exército de
detratores no Rio.
Para eles, a equipe só chegou
onde está por influência de Viana.
No atual campeonato, o time teria sido beneficiado pela arbitragem em várias rodadas, como na
vitória de sábado passado contra
o América, clube com sérios problemas de relacionamento com a
federação de Caixa D'Água.
Por decisão do cartola, devido
aos problemas no calendário, o
Americano vai entrar em campo
hoje sabendo do que precisa fazer
para ganhar a Taça Guanabara ou
ao menos levar a vantagem do
empate para as semifinais, já que
quase todos os clubes já encerraram sua participação.
A influência do dirigente na
CBF também ajudou o Americano a ganhar experiência disputando competições importantes,
como a Copa do Brasil.
Fundado em 1914, o time do coração de Viana dividia o poder da
sua cidade com o Goytacaz antes
da ascensão do cartola.
Agora, com o rival esmagado,
virou ameaça constante para os
grandes em um Estadual que entrou em profunda decadência na
era Caixa D'Água.
(PAULO COBOS)
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