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MEMÓRIA
Na Copa aérea, Brasil foi penta só com os pés
DA REPORTAGEM LOCAL
Corinthians e Palmeiras seguem a tendência da última
Copa do Mundo, mas não a do
conjunto vencedor do torneio.
Na contramão do que aconteceu no maior campeonato do
planeta, a seleção brasileira de
Luiz Felipe Scolari, que ficou
famoso no Grêmio e no Palmeiras por priorizar os "chuveirinhos", conquistou o título
sem marcar nenhum de seus 18
gols com a cabeça.
Isso em um certame que experimentou um forte aumento
no jogo aéreo -23% dos gols
do último Mundial foram feitos com a cabeça, contra 19%
da edição de 1998, na França.
A Alemanha, por exemplo,
foi à final fazendo oito gols com
essa parte do corpo, o que significou nada menos do que
57% de toda sua artilharia.
O Brasil pouco fez pelo alto
mesmo contando com atletas
de boa estatura -a média de
altura do grupo era de 1,81 m.
Priorizando as jogadas rasteiras, o time nacional evitou a deficiência no jogo aéreo de Ronaldo, seu maior astro, que não
esconde sua pouca intimidade
em lances com a cabeça.
Se pouco fez no ataque, a seleção, em compensação, não
mostrou dificuldades na decisão em anular as cabeçadas dos
alemães, que pouco ameaçaram o goleiro Marcos nas jogadas feitas pelo alto.(PC)
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