São Paulo, domingo, 05 de abril de 2009

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"VIP", saltadora é superada por colega de treino

DA REPORTAGEM LOCAL

Um centímetro mudou o status da saltadora Maurren Higa Maggi, 32. De atleta de alto nível, virou celebridade. Mas bem aquém do que viveu um colega de treinamentos, Irving Saladino, em seu país natal.
Após conquistar o ouro olímpico com 7,04 m -a prata foi para russa Tatyana Lebedeva, com 7,03 m-, Maurren ganhou prêmios de seu clube e do comitê olímpico e recebeu convites para os mais variados eventos, de feira de moda e palestras até festas particulares.
Tanta badalação envolveu ainda troca de clube, da BM&F para o Grupo Rede, o que lhe assegurou um bom incremento salarial, mas não lhe garantiu patrocínio particular até a Olimpíada de Londres-2012.
"Ela ganhou um pouco de dinheiro. Mas agora caiu bastante esse tipo de pedido [para ir a eventos]. O reconhecimento é enorme e sempre será, mas a vida continua a mesma. Nem se compara com o que ocorreu com o [Irving] Saladino", explica o treinador Nélio Moura.
Segundo ele, seu pupilo, que obteve em Pequim o primeiro ouro olímpico do Panamá, parou o país da América Central.
"Ele fez novela, foi chamado para o governo e teve bônus em seus contratos internacionais."
Enquanto isso, explica Nélio, o maior nome do atletismo do país segue sem agente pessoal ou assessoria de marketing. "A Maurren continua sendo parada em shoppings ou local público que frequenta. Mas ela deixa de ganhar verba para prestigiar atletas e amigos." (ML E CCP)


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