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"VIP", saltadora é superada por colega de treino
DA REPORTAGEM LOCAL
Um centímetro mudou o status da saltadora Maurren Higa
Maggi, 32. De atleta de alto nível, virou celebridade. Mas bem
aquém do que viveu um colega
de treinamentos, Irving Saladino, em seu país natal.
Após conquistar o ouro olímpico com 7,04 m -a prata foi
para russa Tatyana Lebedeva,
com 7,03 m-, Maurren ganhou
prêmios de seu clube e do comitê olímpico e recebeu convites
para os mais variados eventos,
de feira de moda e palestras até
festas particulares.
Tanta badalação envolveu
ainda troca de clube, da BM&F
para o Grupo Rede, o que lhe
assegurou um bom incremento
salarial, mas não lhe garantiu
patrocínio particular até a
Olimpíada de Londres-2012.
"Ela ganhou um pouco de dinheiro. Mas agora caiu bastante esse tipo de pedido [para ir a
eventos]. O reconhecimento é
enorme e sempre será, mas a
vida continua a mesma. Nem se
compara com o que ocorreu
com o [Irving] Saladino", explica o treinador Nélio Moura.
Segundo ele, seu pupilo, que
obteve em Pequim o primeiro
ouro olímpico do Panamá, parou o país da América Central.
"Ele fez novela, foi chamado
para o governo e teve bônus em
seus contratos internacionais."
Enquanto isso, explica Nélio,
o maior nome do atletismo do
país segue sem agente pessoal
ou assessoria de marketing. "A
Maurren continua sendo parada em shoppings ou local público que frequenta. Mas ela deixa
de ganhar verba para prestigiar
atletas e amigos."
(ML E CCP)
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