da Reportagem Local

Em uma decisão inédita na história, a CBB (Confederação Brasileira de Basquete) eliminou ontem o BCN/Osasco, que possui um dos times femininos mais poderosos do basquete brasileiro, do Campeonato Nacional.
Seguindo norma do regulamento da competição, a CBB desclassificou a equipe da Grande São Paulo por esta ter recorrido ao Tribunal de Justiça Desportiva.
Por meio do recurso, o time tentava reverter decisão da Comissão Disciplinar da CBB, que na terça-feira aceitou um pedido do Guaru para que o BCN perdesse os pontos do duelo entre as equipes, na terceira rodada do returno. No jogo, o time de Osasco utilizou a ala Roseli de forma irregular.
Com a resolução, o BCN perdeu os pontos da partida de 22 de abril e caiu da primeira para a terceira colocação na classificação final da primeira fase .
E o Guaru (outra equipe da Grande São Paulo), antes desclassificado, ultrapassou a Quaker/ Campinas e conseguiu a quarta e última vaga nas semifinais.
Só que o artigo quarto do regulamento do Nacional não permite a nenhum dos inscritos contrariar uma decisão da entidade e recorrer ao TJD.
A pena imposta foi a eliminação da competição, prevista no artigo quinto do regulamento, somada de multa de R$ 10 mil.
A Quaker/Campinas, outra que entrou com recurso no TJD após perder a vaga para o Guaru, também foi excluída da competição.
O TJD, em sua análise, acabou não aceitando os recursos das equipes de Campinas e Osasco.
A direção da Quaker chegou a cogitar um ingresso na Justiça comum, mas acabou desistindo.
A alta cúpula do BCN foi avisada da punição ao time uma hora e meia antes da partida contra a Arcor/Santo André, marcada para as 20h de ontem, no ginásio José Liberatti, em Osasco.
Informada da situação do rival, a equipe da Arcor, que já estava no local da partida, entrou no ônibus e retornou a Santo André.
O técnico do time do BCN, Nestor Mostério, temia pela reação da torcida presente no ginásio ao receber a notícia da eliminação.
Mas os torcedores nem entraram no ginásio -nos portões, souberam do cancelamento.
Desoladas, as atletas do BCN evitaram comentar o caso.
No grupo, o time tem sete selecionáveis (Claudinha, Kelly, Roseli, Lilian, Adrianinha, Kátia Denise e Zaine) e duas estrangeiras (a russa Elena Tornikidou e a iugoslava Nina Bjedov). Estima-se que o time tenha a mais alta folha de pagamento do Nacional.
O time andreense, por decisão da CBB, já é um dos finalistas da competição. A entidade máxima do basquete nacional decidiu não convocar o América/Ourinhos, próximo classificado na tabela, para a fase semifinal.
A outra série semifinal, entre Paraná e Guaru, foi mantida pela CBB. O primeiro jogo aconteceria ontem à noite, em Guarulhos, após o fechamento desta edição.


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