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São Paulo, segunda-feira, 05 de maio de 2003

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FUTEBOL

Desempenho na virada sobre o Fortaleza faz Geninho berrar de nervoso

Corinthians quebra série de quatro jogos sem vitória

RICARDO PERRONE
DA REPORTAGEM LOCAL

No jogo em que mais reclamou de seu time no banco de reservas, o técnico Geninho comemorou o fim do jejum do Corinthians de quatro partidas sem vencer.
A vitória de ontem no Ceará, sobre o Fortaleza, por 2 a 1, de virada, também foi a primeira fora de casa do clube no Brasileiro-2003.
O último triunfo corintiano havia sido diante do Paysandu. Depois daquele jogo, foram duas derrotas, para o River Plate, pela Libertadores, e para o Inter, e dois empates, com Vasco e Flamengo.
Geninho temia que um novo fracasso prejudicasse de vez a campanha corintiana no Nacional e deixasse o time na zona de rebaixamento para a Série B.
O treinador também tinha medo de ainda ver os seus jogadores abatidos por causa da derrota por 2 a 1 para o River, quinta-feira, nas oitavas-de-final da Libertadores.
E seu time foi apático até os 23min da etapa final, quando iniciou a reação num gol de pênalti, originado em lance polêmico.
Sem Fabinho e Gil, contundidos, o Geninho armou o Corinthians no sistema 3-5-2, um de seus preferidos. César atuou na zaga e Fumagalli no ataque.
O treinador sempre repete que essa formação dá mais liberdade para os laterais atacarem. Mas isso não ocorreu ontem.
Curiosamente, Rogério e Kléber pouco avançaram. No primeiro tempo, cada um deles foi acionado só dez vezes, segundo o Datafolha. O número é baixo, principalmente para o lateral-esquerdo. Ele costuma ser o atleta mais acionado do time. Antes do jogo de ontem, recebia a bola, em média, 43 vezes por partida.
Quem gostou do desempenho dos laterais corintianos foi o goleiro do Fortaleza, Jeferson, que teve pouco trabalho na etapa inicial, em que o Corinthians realizou só cinco finalizações.
Além de chutar pouco a gol, os corintianos fizeram muitas faltas. Foram 34 infrações, recorde da equipe num só jogo deste Nacional (a média era de 27,2 por partida). Cocito, que saiu machucado, e Jorge Wagner foram os mais violentos, com cinco cada um.
"Marcamos bem, mas faltou criatividade", disse Rogério para justificar o desempenho do time no primeiro tempo.
Ele não imaginava que a situação ficaria pior no começo do segundo. Aos 5min, após cobrança de escanteio, o atacante Fabrício fez de cabeça para o Fortaleza.
Até antes da partida de ontem, a equipe cearense só havia marcado um de seus quatro gols neste Nacional de cabeça.
A vantagem animou o time da casa, que passou a atacar com facilidade. Desorientados, os corintianos não conseguiam sair de seu campo de defesa.
Geninho também entrou em desespero. Berrou como nunca fizera no Brasileiro com seu time. Tirou César para a entrada do meia Pingo, fazendo o Corinthians jogar no 4-4-2.
A equipe paulista ainda estava longe de apresentar um futebol empolgante quando chegou ao empate. O juiz marcou pênalti de Márcio, num lance duvidoso. Rogério cobrou e empatou o jogo.
O Fortaleza continuou mais ofensivo, porém seus atacantes se atrapalharam nas conclusões.
Mas o Corinthians melhorou, e começou criar chances, principalmente com Liedson.
Aos 37min, ele avançou pela direita, se livrou da marcação e chutou cruzado para fazer o gol da vitória corintiana.
"Para quem estava sem vencer há quatro jogos, foi um resultado muito importante", comemorou Liedson após a partida.



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