São Paulo, terça-feira, 05 de maio de 2009

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de novo

Palmeiras revê rival da década

Na luta para seguir na Libertadores, Sport faz equipe paulista se lembrar de velhos inimigos históricos

Hoje à noite, no Parque Antarctica, time de Vanderlei Luxemburgo enfrenta, pela sétima vez em dois anos, a equipe de Nelsinho Batista

Jorge Araújo/Folha Imagem
O técnico Vanderlei Luxemburgo deixa o campo do CT do Palmeiras após treino para a partida de hoje com Sport, a primeira das oitavas de final da Libertadores

RENAN CACIOLI
RICARDO VIEL
DA REPORTAGEM LOCAL

O que Corinthians, Grêmio e Cruzeiro representaram para a trajetória do Palmeiras na última década, o Sport, aos poucos, copia na atual. O time pernambucano fará hoje o sétimo confronto diante dos paulistas em pouco mais de um ano.
Nenhum dos duelos anteriores, porém, foi tão importante quanto o que abre hoje a participação das duas equipes nas oitavas de final da Taça Libertadores da América.
"Até o final do ano, vamos ter nos enfrentado dez vezes. Isso é muito mais do que a gente pegou Náutico ou Santa Cruz. Ou seja, eles viraram um rival maior que nossos rivais regionais", diz o goleiro Magrão.
As contas do arqueiro do Sport começam a partir do empate sem gols ocorrido no dia 24 de abril do ano passado, no Parque Antarctica, pelas oitavas de final da Copa do Brasil.
Seis dias depois, o clube recifense eliminaria de maneira impiedosa a equipe alviverde com uma goleada por 4 a 1 imposta na Ilha do Retiro.
A partir daquele jogo, marcado por uma confusão com direito a rojão contra o ônibus do Palmeiras, a disputa caminhou perigosamente para fora de campo. Declarações polêmicas como as do vice-presidente de futebol do Sport, Guilherme Beltrão, contra o técnico palmeirense Vanderlei Luxemburgo seguiram apimentando os dois duelos pelo Brasileiro.
Foi apenas a partir do primeiro jogo de 2009 entre os rivais que os cartolas resolveram tomar uma atitude. Antes da vitória palmeirense (2 a 0) que derrubou uma invencibilidade de 25 partidas do Sport, em 8 de abril, os presidentes jantaram juntos e selaram a paz.
"É importante que essa rivalidade só fique dentro de campo", afirma o diretor de futebol do Sport Adelson Wanderlei.
A história ainda curta mas que já chega ao seu sétimo capítulo faz o Palmeiras relembrar de rivalidades que marcaram sua trajetória mais recente.
Na década de 90, Corinthians, Grêmio e Cruzeiro se dividiram na tarefa de decidir taças, vagas e holofotes com o clube do Parque Antarctica.
O arquirrival alvinegro, que assistiu ao fim da fila de títulos palmeirenses no Paulista de 1993, ainda perderia o Rio-São Paulo daquele mesmo ano. Também falhou no Brasileiro de 1994, mas deu o troco no Paulista do ano seguinte.
Já no final da década, o Corinthians virou freguês do inimigo na América com duas eliminações seguidas, em 1999 e 2000, ambas nos pênaltis.
Com o Grêmio, o Palmeiras protagonizou um dos mata-matas mais quentes da história da Libertadores, em 1995, quando em meio aos 11 gols marcados nas quartas de final que classificaram os gaúchos, sobraram socos e pontapés.
Antes, os gremistas já tinham eliminado o rival em 1993 e 1995 na Copa do Brasil. Também derrubariam o Palmeiras no Nacional de 1996.
Já o Cruzeiro venceu a final da Copa do Brasil de 1996, e despachou o Palmeiras no Brasileiro de 1998, ano em que levou a resposta na final da Copa do Brasil e da Mercosul.
"O Sport foi melhor no passado, mas neste ano equilibramos", afirma Luxemburgo.



NA TV - Palmeiras x Sport Sportv, ao vivo, às 21h15


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