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São Paulo, quinta-feira, 05 de junho de 2003

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BASQUETE

Ribeirão e Uberlândia decidem o torneio que, pelo 2º ano consecutivo, tem 2 times que nunca foram campeões

Nacional faz nova final entre sem-título

ADALBERTO LEISTER FILHO
DA REPORTAGEM LOCAL

Pelo segundo ano consecutivo, o Nacional masculino terá uma final inédita, entre dois clubes que nunca foram campeões. COC/Ribeirão Preto e Uberlândia iniciam hoje, às 20h30, a decisão do torneio, no interior paulista -a série será em melhor de cinco jogos.
No ano passado, duas outras equipes sem-título do Nacional, Bauru e Uniara, fizeram a final. O time de Bauru conquistou seu primeiro troféu ao bater o adversário por 3 a 0 na série decisiva.
"Para nós, chegar a uma final não é um fato inédito. Mas agora, temos mais responsabilidade. Nossa missão não terminou na semifinal", afirma o técnico Aluísio Ferreira, o Lula, do Ribeirão.
De fato, a equipe paulista faz sua terceira decisão de Nacional. Anteriormente, o clube havia sido vice em 1998 e há dois anos.
"Em 2001, fizemos uma série muito difícil contra o Botafogo na semifinal. Viramos o mata-mata após perdermos o primeiro jogo em casa [o Ribeirão bateu o time carioca por 3 a 2]. Quando nossa equipe chegou à decisão, contra o Vasco, os jogadores já sentiam que a missão estava cumprida. Agora é diferente", diz o técnico.
Além de buscar um título que ainda não figura em sua sala de troféus, o Ribeirão Preto defende a hegemonia paulista no torneio.
São Paulo é detentor de 32 dos 37 Brasileiros de basquete já disputados (22 títulos na antiga Taça Brasil e dez do atual Nacional).
"Por circunstâncias, o Estado de São Paulo ficou com só um representante na semifinal, já que enfrentamos a Uniara logo na primeira rodada dos mata-matas [vitória por 3 a 0]. Já Rio e Minas Gerais tinham a possibilidade de colocar seus dois representantes na decisão", afirma Lula. "É uma honra representar São Paulo. Mas, em uma série tão difícil, a tradição não irá pesar", completa.
O Uberlândia, além de nunca ter sido campeão, tenta levar a Minas seu primeiro título. Os únicos Estados a quebrarem a supremacia paulista foram Rio (três troféus), Rio Grande do Sul (um título) e Goiás (uma conquista).
"Independentemente de quem ganhe a final, acho que os dois times chegaram até aqui com muito mérito. E nossa campanha na primeira fase é histórica. Não me lembro de ninguém que tenha feito algo semelhante", opina o técnico Zé Boquinha, do Uberlândia, referindo-se às 27 vitórias e cinco derrotas da fase de classificação.
Zé Boquinha também conseguiu se manter no emprego em um dos clubes mais instáveis do Nacional. Em quatro anos na principal competição de clubes do país, seis treinadores ocuparam o banco do Uberlândia.
"Estou superando os prognósticos", brinca o técnico, que aposta no constante revezamento na quadra para superar o Ribeirão.
De fato, os reservas já marcaram 1.357 pontos no Nacional, ou 38,1% do total da equipe.
"Nosso grupo acha que o importante é ganhar o campeonato. Não importa quem irá se destacar mais. Não há disputa por posição na equipe. Às vezes um titular não está bem, e o reserva cumpre o papel", conta o armador Valtinho, um dos destaques do Uberlândia.
Para efeito de comparação, o banco do Ribeirão contribui com 32% do total de pontos da equipe. Mas o time paulista já utilizou 11 reservas em sua campanha -dois a mais que o Uberlândia.


NA TV - Sportv, ao vivo, a partir das 20h30


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