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BASQUETE
Ribeirão e Uberlândia decidem o torneio que, pelo 2º ano consecutivo, tem 2 times que nunca foram campeões
Nacional faz nova final entre sem-título
ADALBERTO LEISTER FILHO
DA REPORTAGEM LOCAL
Pelo segundo ano consecutivo,
o Nacional masculino terá uma final inédita, entre dois clubes que
nunca foram campeões. COC/Ribeirão Preto e Uberlândia iniciam
hoje, às 20h30, a decisão do torneio, no interior paulista -a série
será em melhor de cinco jogos.
No ano passado, duas outras
equipes sem-título do Nacional,
Bauru e Uniara, fizeram a final. O
time de Bauru conquistou seu primeiro troféu ao bater o adversário
por 3 a 0 na série decisiva.
"Para nós, chegar a uma final
não é um fato inédito. Mas agora,
temos mais responsabilidade.
Nossa missão não terminou na
semifinal", afirma o técnico Aluísio Ferreira, o Lula, do Ribeirão.
De fato, a equipe paulista faz sua
terceira decisão de Nacional. Anteriormente, o clube havia sido vice em 1998 e há dois anos.
"Em 2001, fizemos uma série
muito difícil contra o Botafogo na
semifinal. Viramos o mata-mata
após perdermos o primeiro jogo
em casa [o Ribeirão bateu o time
carioca por 3 a 2]. Quando nossa
equipe chegou à decisão, contra o
Vasco, os jogadores já sentiam
que a missão estava cumprida.
Agora é diferente", diz o técnico.
Além de buscar um título que
ainda não figura em sua sala de
troféus, o Ribeirão Preto defende
a hegemonia paulista no torneio.
São Paulo é detentor de 32 dos
37 Brasileiros de basquete já disputados (22 títulos na antiga Taça
Brasil e dez do atual Nacional).
"Por circunstâncias, o Estado de
São Paulo ficou com só um representante na semifinal, já que enfrentamos a Uniara logo na primeira rodada dos mata-matas
[vitória por 3 a 0]. Já Rio e Minas
Gerais tinham a possibilidade de
colocar seus dois representantes
na decisão", afirma Lula. "É uma
honra representar São Paulo.
Mas, em uma série tão difícil, a
tradição não irá pesar", completa.
O Uberlândia, além de nunca
ter sido campeão, tenta levar a
Minas seu primeiro título. Os únicos Estados a quebrarem a supremacia paulista foram Rio (três
troféus), Rio Grande do Sul (um
título) e Goiás (uma conquista).
"Independentemente de quem
ganhe a final, acho que os dois times chegaram até aqui com muito mérito. E nossa campanha na
primeira fase é histórica. Não me
lembro de ninguém que tenha feito algo semelhante", opina o técnico Zé Boquinha, do Uberlândia,
referindo-se às 27 vitórias e cinco
derrotas da fase de classificação.
Zé Boquinha também conseguiu se manter no emprego em
um dos clubes mais instáveis do
Nacional. Em quatro anos na
principal competição de clubes
do país, seis treinadores ocuparam o banco do Uberlândia.
"Estou superando os prognósticos", brinca o técnico, que aposta
no constante revezamento na
quadra para superar o Ribeirão.
De fato, os reservas já marcaram
1.357 pontos no Nacional, ou
38,1% do total da equipe.
"Nosso grupo acha que o importante é ganhar o campeonato.
Não importa quem irá se destacar
mais. Não há disputa por posição
na equipe. Às vezes um titular não
está bem, e o reserva cumpre o papel", conta o armador Valtinho,
um dos destaques do Uberlândia.
Para efeito de comparação, o
banco do Ribeirão contribui com
32% do total de pontos da equipe.
Mas o time paulista já utilizou 11
reservas em sua campanha
-dois a mais que o Uberlândia.
NA TV - Sportv, ao vivo, a
partir das 20h30
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