São Paulo, sexta, 5 de junho de 1998

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TÊNIS
Francês faz semifinal do Aberto da França contra Alex Corretja. No outro jogo, Carlos Moyá pega Felix Mantilla
Só Pioline pode atrapalhar a Espanha

da Reportagem Local

Uma vitória do francês Cedric Pioline, 28, sobre o espanhol Alex Corretja, 24, hoje, pelas semifinais do Aberto da França, em Paris, pode consagrar o primeiro, diante dos 15 mil torcedores que devem lotar o estádio de Roland Garros, e acabar com a façanha espanhola de colocar dois de seus tenistas na final do torneio em quadras de saibro mais importante do mundo.
Pioline e Corretja fazem o segundo jogo do dia, depois do confronto entre os também espanhóis Felix Mantilla, 23, e Carlos Moyá, 21. Se Corretja vencer, a Espanha terá, pela segunda vez na década, dois finalistas na competição.
Em 94, Sergi Bruguera, 27, derrotou Alberto Berasategui, 24, ficando com seu segundo título consecutivo. Em 97, foi derrotado na final por Gustavo Kuerten.
O francês Pioline, 17º do ranking mundial, faz sua terceira semifinal em torneios do Grand Slam. Em 93, chegou até a final do Aberto dos EUA e, em 97, disputou o título de Wimbledon, na Inglaterra.
"Contarei com a torcida para vencer", afirmou o tenista, que fez três partidas emocionantes, em cinco sets, na a competição.
Na primeira rodada, por exemplo, contra o uruguaio Marcelo Filippini, venceu por ter conseguido mancar menos e se arrastar melhor pela quadra -os dois tenistas tiveram sérios problemas com cãimbras.
Corretja também já teve seu momento de destaque. Fez o jogo mais longo do campeonato, com 5 horas e 30 minutos de duração, contra o argentino Hernan Gumy, pela segunda rodada.
"Era para sermos quatro na semifinal. Falta o Alberto (Berasategui), que se machucou", disse Corretja, o 14º cabeça-de-chave.
Ele e seus companheiros espanhóis já comemoraram o fato de ter três dos quatro semifinalistas do torneio, além de uma finalista na chave feminina (leia texto ao lado), Arantxa Sanchez-Vicario.
Anteontem à noite, fizeram uma confraternização com a imprensa de seu país, em um bar da avenida Champs Elysèes.
Mas hoje, segundo Carlos Moyá, a amizade termina. Pelo menos entre ele, o 12º do ranking, e Felix Mantilla, o 15º, e, no domingo, entre o vencedor desse confronto e, talvez, Alex Corretja, o 14º.
"Apesar de eu não me considerar um especialista em saibro, sei que tenho chances de ficar com esse título e vou fazer tudo por isso", afirmou Moyá, que em abril venceu o Super 9 de Monte Carlo, no saibro, e é o único dos três semifinalistas da Espanha que já disputou uma final de Grand Slam. Foi em 97, no Aberto da Austrália, onde só foi derrotado por Pete Sampras. (FERNANDA PAPA)


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