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O PERSONAGEM
Giovanni não
muda estilo
do enviado a Salvador
Durante a última semana,
o técnico Wanderley Luxemburgo, da seleção, deu
um recado sutil para o
meia-atacante Giovanni:
"está na hora de acordar".
Na série de amistosos
contra a Holanda, o treinador vai definir se o meia-atacante irá continuar sendo convocado para a seleção brasileira.
(AGz)
Folha - Os jogos com a Holanda são realmente a sua
última chance na seleção?
Giovanni - Não encaro
dessa maneira. O Wanderley (Luxemburgo) disse
apenas que eu precisava
participar mais dos jogos.
Contra a Holanda, vou buscar mais o jogo e ajudar na
marcação. Vou ter liberdade de trocar de posição com
o Rivaldo e Amoroso.
Folha - Por que, na sua
opinião, você é criticado?
Giovanni - Muitas pessoas
acham que eu durmo em
campo, mas esse é o meu estilo. Sempre fui um vencedor jogando desta maneira,
desde o Tuna Luso (Pará).
Sendo assim, cheguei à seleção e fui para o Barcelona.
Não vou mudar agora.
Folha - Você guarda alguma mágoa em relação ao
técnico Zagallo por causa
da Copa da França?
Giovanni - Não guardo
mágoa, mas ele me queimou no Mundial. Joguei
apenas 45 minutos, fora da
minha posição, como volante. No Santos, por exemplo, jogava no ataque, sem
responsabilidade de marcação. Rendia muito mais.
Folha - Você deve ser dispensado pelo Barcelona. Já
existe alguma negociação
adiantada?
Giovanni - Não sei nada
sobre isso. Eu não sou dono
do meu passe. Se alguém
quiser me contratar, que vá
falar com o Barcelona. Não
descarto a possibilidade de
voltar para o Brasil.
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