São Paulo, sábado, 5 de junho de 1999

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BASQUETE
Entidade diz que pode pagar se perder o processo
Sede vai a leilão para saldar dívida da CBB

da Reportagem Local

Para assegurar o pagamento de uma dívida, a sede da CBB (Confederação Brasileira de Basquete), no Rio, vai a leilão no dia 15.
A informação é da 13ª Vara Cível da cidade, que conduz processo judicial movido pela empresa de marketing esportivo Sportlink Limitada contra a CBB.
A entidade é proprietária, desde 1991, das nove salas do 16º andar do edifício "Bokel", na avenida Rio Branco, no centro do Rio.
Em novembro de 1997, a Sportlink, que pertence a João Henrique Areias, impetrou uma ação contra a CBB por causa de rompimento de contrato.
Em 1995, ainda na gestão Renato Brito Cunha, a CBB firmara um contrato até 1999 com a Sportlink, que passou a ser a responsável por acertar contratos comerciais com várias empresas (entre elas Caixa Econômica Federal e Sportv). Em troca, receberia 20% dos valores.
Mas Gerasime Bozikis, o Grego, assumiu a presidência dois anos depois e decidiu pelo rompimento, julgando que a Sportlink estava faturando mais do que devia.
Grego interrompeu o pagamento e, no início de 98, firmou contrato com outra empresa de marketing, a Brunoro Sports.
No final de novembro de 97, como garantia de pagamento à Sportlink em caso de vitória na ação, a Justiça penhorou a sede da CBB.
De acordo com avalistas, as salas da CBB, que serão leiloadas separadamente, estão em "ótimo estado de conservação" e têm um valor total de R$ 461.100,00.
Caso não haja ofertas de compra pelos valores mínimos -a sala mais barata custa R$ 42 mil, e a mais cara, R$ 69 mil-, dez dias depois do primeiro leilão haverá outro, no qual as salas serão vendidas pelo melhor preço oferecido.
Conforme o parecer judicial emitido, a dívida da CBB com a Sportlink é de R$ 547.494,47.
Areias, da Sportlink, disse que já saiu vitorioso em duas instâncias no processo. "Tentaram me desmoralizar. Não conseguiram."
A CBB irá recorrer a levará o caso até a última instância, em Brasília, afirmou o presidente da entidade.
Grego ressaltou que não há risco de despejo. "Se perdermos a ação, temos o dinheiro para pagar. O imóvel é apenas uma garantia para dar continuidade ao processo. Muita água ainda vai rolar."




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