São Paulo, quinta-feira, 05 de julho de 2007

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no tranco

Com três volantes, Brasil passa em 2º

Time, vaiado, avança às quartas da Copa América com mais uma jogada talentosa de Robinho e pegará de novo o Chile

Brasil 1
Equador 0

RODRIGO BUENO
ENVIADO ESPECIAL A PUERTO LA CRUZ

Com três volantes, o Brasil se classificou em segundo lugar no Grupo B da Copa América e levou vaias desde o primeiro tempo do 1 a 0 sobre o Equador, ontem, em Puerto La Cruz.
A equipe pega nas quartas-de-final, na noite de sábado, o Chile, rival que bateu na fase de grupos na Venezuela por 3 a 0. Será o terceiro confronto entre as duas seleções na curta gestão de Dunga -antes, o Brasil havia vencido um amistoso por 4 a 0.
A seleção entrou ontem em campo em situação confortável, pois só seria eliminada se perdesse por dois gols de diferença. O primeiro posto do grupo, que nem era tão favorável quanto a segunda colocação pela tabela, já não tinha mais como ser alcançado depois do 0 a 0 de Chile e México, que ficou como o ""campeão da chave".
Dunga levou a campo Gilberto Silva, Mineiro e Josué, um trio de volantes com características mais defensivas raro em termos seleção brasileira. O capitão da equipe ficava mais recuado e centralizado. Mineiro jogava mais aberto pela direita, e Josué protegia o lado esquerdo. O problema maior, nesse cenário, era criar as jogadas.
Júlio Baptista jogou na armação na vaga que foi de Diego na estréia e de Anderson no primeiro tempo do segundo jogo na Copa América. Dunga, nos primeiros minutos, reclamou na beirada do campo dos passes errados de Júlio Baptista e elogiou os desarmes de Josué.
O Equador, que mal acreditava em suas chances de classificação, mantinha o jogo equilibrado e até ameaçou.
Na metade da primeira etapa, a torcida presente no estádio José Antonio Anzoátegui vaiava os passes laterais (e para trás) da seleção brasileira. Robinho, estrela solitária da equipe nos dois primeiros jogos, atuou aberto pela esquerda, mas recuava demais para buscar jogo e ajudar na marcação.
Vágner Love, sozinho, ainda teve duas boas oportunidades no primeiro tempo. No final da etapa inicial, quase Doni entrega o ouro ainda em saída equivocada do gol.
No segundo tempo, a formação brasileira foi a mesma, e o gol saiu pelo talento de Robinho. Pedalou para cima de Espinoza, e o pênalti foi marcado. Ele mesmo bateu para marcar seu quarto gol no torneio e se firmar como o artilheiro. Porém o tento aos 11min não acalmou o time nem a torcida.
Um grupo de brasileiros nas tribunas logo atrás de Dunga pediu Diego. E foi prontamente atendido. Ele entrou no posto de Júlio Baptista, que revoltou Dunga ao errar passe para Robinho na intermediária -antes, Kléber havia entrado na vaga de Gilberto, de novo pouco efetivo no apoio ao ataque.
Os equatorianos pressionavam e pediram um pênalti, não marcado pelo árbitro argentino Sergio Pezzotta. O Brasil mal conseguia contra-atacar.
Faltando dez minutos para acabar o tempo normal de jogo, Dunga colocou o zagueiro Alex Silva no lugar de Daniel Alves.
O Brasil acabava o jogo com três zagueiros e três volantes. Manteve assim sua invencibilidade diante do Equador em Copa América e no nível do mar, mas ganhou mais vaias.


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