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no tranco
Com três volantes, Brasil passa em 2º
Time, vaiado, avança às quartas da Copa América com mais uma jogada talentosa de Robinho e pegará de novo o Chile
Brasil 1
Equador 0
RODRIGO BUENO
ENVIADO ESPECIAL A PUERTO LA CRUZ
Com três volantes, o Brasil se
classificou em segundo lugar
no Grupo B da Copa América e
levou vaias desde o primeiro
tempo do 1 a 0 sobre o Equador,
ontem, em Puerto La Cruz.
A equipe pega nas quartas-de-final, na noite de sábado, o
Chile, rival que bateu na fase de
grupos na Venezuela por 3 a 0.
Será o terceiro confronto entre
as duas seleções na curta gestão
de Dunga -antes, o Brasil havia
vencido um amistoso por 4 a 0.
A seleção entrou ontem em
campo em situação confortável, pois só seria eliminada se
perdesse por dois gols de diferença. O primeiro posto do grupo, que nem era tão favorável
quanto a segunda colocação pela tabela, já não tinha mais como ser alcançado depois do 0 a
0 de Chile e México, que ficou
como o ""campeão da chave".
Dunga levou a campo Gilberto Silva, Mineiro e Josué, um
trio de volantes com características mais defensivas raro em
termos seleção brasileira. O capitão da equipe ficava mais recuado e centralizado. Mineiro
jogava mais aberto pela direita,
e Josué protegia o lado esquerdo. O problema maior, nesse
cenário, era criar as jogadas.
Júlio Baptista jogou na armação na vaga que foi de Diego na
estréia e de Anderson no primeiro tempo do segundo jogo
na Copa América. Dunga, nos
primeiros minutos, reclamou
na beirada do campo dos passes
errados de Júlio Baptista e elogiou os desarmes de Josué.
O Equador, que mal acreditava em suas chances de classificação, mantinha o jogo equilibrado e até ameaçou.
Na metade da primeira etapa, a torcida presente no estádio José Antonio Anzoátegui
vaiava os passes laterais (e para
trás) da seleção brasileira. Robinho, estrela solitária da equipe nos dois primeiros jogos,
atuou aberto pela esquerda,
mas recuava demais para buscar jogo e ajudar na marcação.
Vágner Love, sozinho, ainda
teve duas boas oportunidades
no primeiro tempo. No final da
etapa inicial, quase Doni entrega o ouro ainda em saída equivocada do gol.
No segundo tempo, a formação brasileira foi a mesma, e o
gol saiu pelo talento de Robinho. Pedalou para cima de Espinoza, e o pênalti foi marcado.
Ele mesmo bateu para marcar
seu quarto gol no torneio e se
firmar como o artilheiro. Porém o tento aos 11min não acalmou o time nem a torcida.
Um grupo de brasileiros nas
tribunas logo atrás de Dunga
pediu Diego. E foi prontamente
atendido. Ele entrou no posto
de Júlio Baptista, que revoltou
Dunga ao errar passe para Robinho na intermediária -antes, Kléber havia entrado na vaga de Gilberto, de novo pouco
efetivo no apoio ao ataque.
Os equatorianos pressionavam e pediram um pênalti, não
marcado pelo árbitro argentino
Sergio Pezzotta. O Brasil mal
conseguia contra-atacar.
Faltando dez minutos para
acabar o tempo normal de jogo,
Dunga colocou o zagueiro Alex
Silva no lugar de Daniel Alves.
O Brasil acabava o jogo com
três zagueiros e três volantes.
Manteve assim sua invencibilidade diante do Equador em Copa América e no nível do mar,
mas ganhou mais vaias.
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