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Com Jorginho, Palmeiras retoma era dos interinos
Enquanto clube espera por Muricy, técnico da base dirige o time contra o Avaí
Hábito de recorrer a técnicos
provisórios, que se tornou
comum depois da passagem
de Scolari, fora abandonado
com Caio Jr. e Luxemburgo
RENAN CACIOLI
DA REPORTAGEM LOCAL
Prestes a anunciar seu novo
treinador, o Palmeiras deverá
se despedir do interino Jorginho hoje, às 18h30, contra o
Avaí, em Florianópolis.
Em seu segundo jogo à frente
do time, o ex-jogador de Santos,
Fluminense e do próprio Palmeiras fez o clube retomar um
hábito comum nesta década,
mas que passara os dois últimos anos em baixa.
Caio Júnior, em 2007, e Vanderlei Luxemburgo, em 2008,
completaram uma temporada
inteira no cargo cada um, o que
não ocorria desde a gestão de
Jair Picerni, em 2003. Isso porque, a partir da passagem de
Luiz Felipe Scolari pelo clube
(1999-2000), os comandantes-tampões se tornaram comuns
no Parque Antarctica.
Márcio Araújo foi o nome escolhido em 2001 para comandar a transição de Marco Aurélio para Celso Roth. Ficou uma
partida e empatou. Depois da
queda de Roth, Márcio Araújo
voltou a ser chamado antes do
retorno de Vanderlei Luxemburgo. Ficou outras sete partidas. Só venceu uma.
Luxemburgo saiu para assumir o Cruzeiro depois da primeira rodada do Brasileiro de
2002. Deixou seu auxiliar, Paulo César Gusmão, que dirigiu a
equipe no empate contra o próprio Cruzeiro no jogo seguinte.
Gusmão acabou indo reencontrar seu tutor em Minas.
A diretoria recorreu, então, a
Flávio Teixeira, o Murtosa, braço direito de Scolari e ele próprio um interino de sucesso em
2000, quando conquistou a extinta Copa dos Campeões após
a saída de seu mestre. Passados
quatro duelos (e três derrotas),
Murtosa foi embora.
Um treinador dos juniores,
Karmino Colombini, foi para o
banco e empatou o jogo que antecedeu a chegada de Levir Culpi, técnico que cairia para a Série B. Após a campanha vitoriosa de Picerni em 2003, no ano
seguinte ele saiu. Wilson Coimbra, técnico do time B, foi chamado às pressas. Goleou o Santos por 4 a 0, mas não ficou.
Em 2005, Coimbra foi mais
uma vez quem passou o bastão,
agora de Estevam Soares para
Candinho. Foi derrotado no
único duelo de que participou.
O último interino que passou
pelo clube até o período atual
foi Marcelo Vilar, outro treinador vindo da equipe B. Na temporada de 2006, ele ficou no comando cinco jogos -três derrotas e dois empates.
Deu lugar a Tite e voltou 20
partidas depois, período que
perdurou o trabalho do gaúcho.
Depois da vitória por 3 a 1 sobre
o São Paulo, foi efetivado no
cargo. Durou mais seis rodadas,
até ser trocado por Picerni.
Jorginho, que estreou com o
1 a 1 diante do Santos um dia depois da queda de Luxemburgo,
já sabe que não será efetivado.
Enquanto os dirigentes seguem à espera de Muricy Ramalho, ele aproveita a oportunidade. "Minha hora ainda vai
chegar", diz o ex-ponta-direita.
NA TV - Avaí x Palmeiras
Sportv (menos SC), ao vivo,
às 18h30
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