São Paulo, domingo, 05 de julho de 2009

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Com Jorginho, Palmeiras retoma era dos interinos

Enquanto clube espera por Muricy, técnico da base dirige o time contra o Avaí

Hábito de recorrer a técnicos provisórios, que se tornou comum depois da passagem de Scolari, fora abandonado com Caio Jr. e Luxemburgo

RENAN CACIOLI
DA REPORTAGEM LOCAL

Prestes a anunciar seu novo treinador, o Palmeiras deverá se despedir do interino Jorginho hoje, às 18h30, contra o Avaí, em Florianópolis.
Em seu segundo jogo à frente do time, o ex-jogador de Santos, Fluminense e do próprio Palmeiras fez o clube retomar um hábito comum nesta década, mas que passara os dois últimos anos em baixa.
Caio Júnior, em 2007, e Vanderlei Luxemburgo, em 2008, completaram uma temporada inteira no cargo cada um, o que não ocorria desde a gestão de Jair Picerni, em 2003. Isso porque, a partir da passagem de Luiz Felipe Scolari pelo clube (1999-2000), os comandantes-tampões se tornaram comuns no Parque Antarctica.
Márcio Araújo foi o nome escolhido em 2001 para comandar a transição de Marco Aurélio para Celso Roth. Ficou uma partida e empatou. Depois da queda de Roth, Márcio Araújo voltou a ser chamado antes do retorno de Vanderlei Luxemburgo. Ficou outras sete partidas. Só venceu uma.
Luxemburgo saiu para assumir o Cruzeiro depois da primeira rodada do Brasileiro de 2002. Deixou seu auxiliar, Paulo César Gusmão, que dirigiu a equipe no empate contra o próprio Cruzeiro no jogo seguinte.
Gusmão acabou indo reencontrar seu tutor em Minas.
A diretoria recorreu, então, a Flávio Teixeira, o Murtosa, braço direito de Scolari e ele próprio um interino de sucesso em 2000, quando conquistou a extinta Copa dos Campeões após a saída de seu mestre. Passados quatro duelos (e três derrotas), Murtosa foi embora.
Um treinador dos juniores, Karmino Colombini, foi para o banco e empatou o jogo que antecedeu a chegada de Levir Culpi, técnico que cairia para a Série B. Após a campanha vitoriosa de Picerni em 2003, no ano seguinte ele saiu. Wilson Coimbra, técnico do time B, foi chamado às pressas. Goleou o Santos por 4 a 0, mas não ficou.
Em 2005, Coimbra foi mais uma vez quem passou o bastão, agora de Estevam Soares para Candinho. Foi derrotado no único duelo de que participou.
O último interino que passou pelo clube até o período atual foi Marcelo Vilar, outro treinador vindo da equipe B. Na temporada de 2006, ele ficou no comando cinco jogos -três derrotas e dois empates.
Deu lugar a Tite e voltou 20 partidas depois, período que perdurou o trabalho do gaúcho. Depois da vitória por 3 a 1 sobre o São Paulo, foi efetivado no cargo. Durou mais seis rodadas, até ser trocado por Picerni.
Jorginho, que estreou com o 1 a 1 diante do Santos um dia depois da queda de Luxemburgo, já sabe que não será efetivado.
Enquanto os dirigentes seguem à espera de Muricy Ramalho, ele aproveita a oportunidade. "Minha hora ainda vai chegar", diz o ex-ponta-direita.


NA TV - Avaí x Palmeiras
Sportv (menos SC), ao vivo, às 18h30


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