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Federer "renasce" para buscar recorde
Em busca de sua 15ª conquista de Grand Slam, pentacampeão de Wimbledon enfrenta o freguês Roddick na decisão
Índice de aproveitamento do tenista, que recupera o topo do ranking se triunfar, volta a
se aproximar do período em que dominava o circuito
FERNANDO ITOKAZU
DA REPORTAGEM LOCAL
Após dominar o circuito por
mais de quatro temporadas, o
suíço Roger Federer viu sua
performance cair em 2008.
Essa queda resultou em menos títulos (foram apenas quatro contra oito no ano anterior)
e lhe custou o topo do ranking.
A quebra do recorde de conquistas em Grand Slams de Pete Sampras (14), que parecia
apenas questão de tempo para
quem havia conquistado 11 taças nos últimos quatro anos,
não foi sequer igualado -Federer "só" ganhou o Aberto dos
EUA, seu 13º troféu da série.
O suíço também começou
2009 patinando. Disputou seis
torneios sem título -apesar do
vice no Aberto da Austrália.
Mas o suíço, que mesmo em
jejum dizia estar jogando bem,
voltou a apresentar o aproveitamento próximo daquele que
o havia deixado pelo recorde de
237 semanas consecutivas no
topo do ranking do tênis.
Em suas três primeiras temporadas como número um, o
tenista da Basileia teve aproveitamento acima de 92%. Em
2007, o índice caiu para 88,3%,
mas ainda foi suficiente para a
manutenção do posto.
Com 81,5% no ano passado,
Federer acabou superado no
ranking por Rafael Nadal.
Em seus primeiros seis torneios em 2009, Federer teve
aproveitamento de "apenas"
77,8%. Para efeito de comparação, Gustavo Kuerten registrou
74,1% em 2000, ano em que
terminou como número um.
Com os títulos do Masters
1.000 de Madri e de Roland
Garros e a campanha em Wimbledon, Federer elevou seu
aproveitamento na temporada
para 86,7% e está a uma vitória
de recuperar a liderança do
ranking, em poder de Nadal
desde 18 de agosto de 2008.
O adversário que tenta hoje
adiar seu 15º título de Grand
Slam, o que o colocaria isoladamente como o maior vencedor
do tênis, e sua volta ao topo do
ranking é um grande conhecido
e um freguês de Federer.
O suíço e o americano Andy
Roddick vão se enfrentar pela
21ª vez -é o confronto mais
frequente entre os jogadores
em atividade. Federer só saiu
derrotado em dois desses jogos.
"Ele sempre jogou de uma
forma diferente contra mim,
subindo muito à rede, sacando
e voleando no primeiro e segundo serviços", afirmou o suíço sobre o rival. "Gosto muito
de jogar contra [Roddick], e não
somente pelo retrospecto."
Federer diz que o 15º título
de Grand Slam e o sexto em
Wimbledon seria algo memorável. "Estou muito orgulhoso
das marcas que alcancei porque, quando era garoto, nunca
imaginei tamanho sucesso",
afirmou Federer, 27. "Ficaria
muito feliz se ganhasse alguns
torneios e, quem sabe, conquistasse Wimbledon", completou.
Nesse cenário, o americano,
derrotado pelo suíço nas finais
de Wimbledon de 2004 e 2005,
tenta bancar novamente o papel de estraga-prazeres.
"Eu adoraria adiar [a quebra
do recorde] para outro Grand
Slam", disse Roddick, 26, responsável pela queda do britânico Andy Murray nas semifinais.
Se confirmar o recorde e a
volta ao topo do tênis, Federer
partirá em busca de outra marca em poder de Sampras e de
um feito que o americano não
conseguiu alcançar.
Sampras é quem mais tempo
liderou o ranking (286 semanas), mas não foi capaz de terminar outra temporada no topo após ter sido desbancado.
Apenas um tenista na história conseguiu voltar a figurar
como número um no final da
temporada após ter sido destronado. Ivan Lendl terminou
como número um de 1985 a
1987, perdeu o posto para Mats
Wilander em 1988, porém o retomou no ano seguinte.
NA TV - Final masculina
Sportv 2, ao vivo, às 10h
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