DO ENVIADO AO RIO

A CBF se prepara para entrar em breve no combate ao conturbado do mundo das apostas no futebol.
A confederação vai acertar um contrato nos próximos dias com a EWS (Early Warning System), empresa fundada pela Fifa, a entidade máxima da bola, para monitorar movimentos suspeitos nas casas de apostas legais, estabelecimentos muito comuns na Europa e, principalmente, na Ásia.
Todas as competições organizadas pela CBF passarão a ter seus jogos monitorados. A ideia é investigar as partidas que tenham um volume de apostas muito grande em determinados resultados, como já acontece no tênis.
"Vamos colocar uma tranca para evitar problemas", diz Ricardo Teixeira, o presidente da CBF, que diz não ter casos suspeitos no Brasil.
A EWS tem uma rede de 400 "olheiros" que atuam nas casas de apostas para detectar casos suspeitos.
As apostas já causaram onda de prisões na Ásia e são apontadas por Michel Platini, o presidente da Uefa (a confederação que controla o futebol europeu), como o maior problema do futebol.
Além da contratação da EWS, a CBF quer estimular o debate para a mudança do calendário do futebol brasileiro, que passaria a seguir o europeu. "Eu não posso mudar isso numa canetada. Temos que fazer um amplo debate, com todos os envolvidos", afirma Teixeira, que diz não ser possível estipular um prazo para a mudança.
"Mas o ideal é que isso aconteça em 2010, que é um ano de Copa do Mundo." (PC)


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