EDUARDO OHATA
PAULO GALDIERI
DA REPORTAGEM LOCAL

Na última posição, mas ainda de olho em uma vaga para a segunda fase. É assim que o Palmeiras entra em campo contra a Lusa.
Os resultados e a melhora no desempenho nas últimas três partidas fizeram com que o time "se esquecesse" da péssima campanha que faz no Brasileiro-2002.
Uma vitória no clássico de hoje, às 16h, no Parque Antarctica, é encarada pelos palmeirenses como vital para começar a afastar de vez a ameaça de rebaixamento e para inaugurar uma inusitada série de dez triunfos consecutivos nos dez confrontos que restam ao clube na primeira fase do torneio.
Tal feito provavelmente deixaria o Palmeiras -que em 15 jogos tem duas vitórias, seis empates e sete derrotas- entre os clubes que passariam à próxima fase.
"É possível. Seria fantástico, e vale a pena lutar por isso", afirma o técnico Levir Culpi.
O atacante Muñoz tem opinião semelhante à do treinador. "Certamente o time pode vencer os dez jogos. O importante é que o Palmeiras saia dessa situação e pense na classificação."
Apesar de continuar como o lanterna, com 12 pontos -dez a menos que o Atlético-PR, o oitavo colocado-, o Palmeiras não aparenta passar por uma crise, como recentemente ocorria, ainda quando a equipe era comandada por Flávio Murtosa (o antecessor de Levir Culpi no cargo), quando ainda não havia caído para o 26º posto na classificação.
Tanto jogadores como o treinador palmeirense, empolgados com o triunfo sobre o Paysandu (que representou a quebra de uma sequência de nove jogos sem vencer) e dois empates em clássicos -1 a 1 contra Santos e São Paulo-, mostram bom humor e otimismo no dia-a-dia do clube.
"Acho que o time vem evoluindo. Estamos pegando confiança de novo. A bola já não queima tanto no nosso pé", avalia o zagueiro Alexandre, que há menos de 15 dias, após uma derrota para o Bahia (2 a 1) no Parque Antarctica, exigia mais empenho de seus companheiros. "Com esse ambiente, parece que o Palmeiras está classificado", completa o jogador, que aponta a equipe como favorita diante da Lusa.
A sensação de que o time está melhor é comprovada pelos números do Datafolha.
Passou, por exemplo, a ter mais confiança para driblar -a média de tentativas por partidas passou de 16,3 nos 15 primeiros jogos para 25 nas últimas três rodadas.
O clube também melhorou sua performance no aproveitamento de passes certos, finalizações, faltas cometidas, escanteios obtidos, lançamentos, cruzamentos, bolas perdidas e assistências.
O técnico do rival, Edu Marangon, exaltou a evolução palmeirense nas últimas rodadas. "Eles conseguiram cinco pontos nos últimos três jogos", disse.
"O campeonato é difícil. Nós, por exemplo, estamos quatro pontos atrás dos primeiros colocados e quatro na frente dos últimos", completou o treinador da Lusa, que ocupa só a 16ª posição no Nacional, com 18 pontos.



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